AstroManual - Astronomia Observacional Amadora
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Geomorfologia Lunar

As missões que chegaram a Lua através de sondas robóticas e tripuladas demonstraram a complexidade das formações geológicas na Lua. O conjunto de dados existente até agora é, porém, insuficiente para revelar de forma detalhada o desenvolvimento geomorfológico em uma escala global da Lua.
Os melhores dados que temos cobre algumas restritas áreas da face lunar voltada para a Terra. Por exemplo, a espaçonave Clementine proporcionou dados globais de só 100 metros por pixel, o que é muito menos que a resolução das melhores imagens realizadas pelas missões Apollo.
A Lua apresenta um formato amoldado em formato de ''pêra'' ou ''ovo'' com seu eixo maior ligeiramente apontando para a Terra. A distribuição da massa lunar não é esférica e os centros da geometria lunar e gravidade estão localizados separadamente em aproximadamente 2 km.
A crosta do lado oculto da Lua é composto de anortosito (anorthositic) relativamente claro e pode ter mais de 100 km de espessura, enquanto a crosta lunar visível de nossa posição da Terra é mais magra (menos espessa) e inclui muitas intrusões densas e lavas basálticas. Porém, o conhecimento do interior da Lua é muito pouco conhecido e nós precisamos de novas medidas para resolver sua distribuição de massa e estrutura mais exatamente.
No decorrer da história da geologia lunar, numerosos impactos de várias proporções foram as mais efetivas ocorrências que deformaram sua superfície. A crosta superior foi fraturada, derretida, escavada e misturada através de numerosos impactos e recoberta por camadas esparramadas de ejeta de impacto de diferentes tamanhos.
Os maiores projéteis que se chocaram contra a Lua resultou na formação de bacias de impacto maior as quais podem ser tão grandes quanto mais ou menos dois mil quilômetros em diâmetro e vários quilômetros de profundidade. Normalmente elas têm espessas capas de lava até o ponto que a profundidade original delas ser difícil de serem achados. Beira, paredes, cumes centrais e anéis de crateras, raias e bacias são modificadas através de posteriores impactos.
Os efeitos dos grandes impactos são especialmente difíceis de estudar por causa da idade deles e a existência de eventos múltiplos dentro da mesma área. As formações de ejeta das principais bacias de impacto podem ser usadas para separar as unidades de pré e pós-impacto. Medidas exatas podem sugerir rever a antiga geologia lunar. Várias crateras e ejecta são detalhes gerais que nos permitiram que identificássemos processos envolvidos na formação, envelhecimento e deformação de estruturas de superfície. Podem ser estudados estruturas de anel, diferença de gravidade, topografia e outros conjuntos de dados.
As maiores bacias de multianéis são as amplas estruturas mais características e a maioria dos eventos influenciou toda a crosta da Lua. O evento ocorrido no Pólo Sul, Aitken Bacin, pode ter descoberto material até mesmo do manto. O desenvolvimento geológico de bacias principais pode prover respostas para as perguntas de como foi a origem e a história mais cedo da crosta lunar e manto, e como mais recentes forças deformaram a estruturas da crosta. A idéia de endogeneidade silenciosa da Lua tem que ser re-pensada quando estudamos as primeiras épocas da história lunar. A idéia de um antigo oceano de magma lunar tem que ser levada em conta e temos que admitir que a maioria das velhas formações de superfície lunares participou em larga escala para os processos endógenos globais.
As bacias lunares mais velhas tiveram uma história endógene (originado no interior do organismo, ou por fatores internos) bastante longa e complicada. Isto é demonstrada intensivamente no caso de algumas velhas grande bacia de impacto modificada. Até mesmo se parte da deformação foi causada através de eventos de impacto subseqüentes que estas velhas estruturas também foram re-trabalhadas através de processos internos lunares. Interiores cheios de lava indicam atividade interna e há numerosas indicações que a crosta lunar antiga era, pelo menos em alguns lugares, bastante magras para permitir a compensação isostática (equilíbrio geral da crosta ao flutuar sobre o substrato fluido) escavada do furo de impacto e o mais recente abastecimento espesso de lava.
Muitas bacias grandes de impacto próximas as laterais das marias têm cumes compressional em sua lava, enchimento tensional ou radial de grabens concêntrico ao redor delas indicando que a crosta sofreu dobramento, possivelmente pelo menos em parte devido ao peso do abastecimento de lava. A crosta lunar foi assim comprimida dentro da bacia cheia de lava enquanto seus ambientes foram estirados e fraturados dando lugar para o entendimento e formação de graben. As bacias muito mais velhas deveriam ser as mais interessantes neste respeito porque a compressão delas deveria ter sido mais intensa. As imagens e tais bacias lunares e estruturas de anel têm que ser estudadas juntamente com a sua gravidade, topografia, composição e outros conjuntos de dados para um entendimento mais exato. Ainda há numerosas falhas geológicas e outras estruturas tectônicas para ser achadas na Lua e estudar sua morfologia de superfície em imagem de alta resolução.
Tectonicamente, a maioria das áreas ativas também apresentou freqüentemente vulcanismo. Mudanças na topografia lunar podem ser achadas estudando detalhes em pequena escala; e em alguns casos podem ser identificadas as direções de fluxo de rilles sinuosos e suas mudanças ao longo do tempo. As crateras localizadas fortuitamente espalhadas por toda a superfície podem ser importantes para os estudos do leito rochoso da Lua. Detalhes de várias crateras refletem as características desse leito de rochoso. Beira, cobertura de ejecta e cume central de qualquer cratera lunar indica efeitos de um impacto particular em um ambiente geológico especial. A assinatura espectral das rochas de superfície frescas revela a composição. Crateras frescas e grabens provêem cortes de teste na crosta e podem permitir até mesmo para uma cartografia em 3D da capa rochosa do leito superior.
Medidas em Altimetria (Altimetry) permite inspeção da forma lunar global e topografia. A medição de altimetria juntamente com imagem em estéreo dará uma visão melhorada ao desenvolvimento da superfície local e processos que estiveram ativos no caso de uma formação em particular. A utilização de ângulos variados de iluminação do Sol faz o uso dos dados mais reveladores. Junto com dados de gravidade este conjunto de dados dará melhor idéia da distribuição da massa interna lunar, estrutura e desenvolvimento.
Há numerosas estruturas geológicas lunares que provêem tarefas para estudos de futuro.
A quantia de atividade tectônica e tensões envolvidas pode ser calculada estudando movimentos de falhas, encolhimento da crosta ou compressão da superfície, mas estes só são possíveis ser achados por detalhes revelados em imagem de alta resolução, preferencialmente com uma cobertura boa coberta de imagens em estéreo. Também é interessante e importante estudar como as estruturas tectônicas refletem interiores lunares.
A superfície lunar que nós vemos agora é um resultado de vários eventos e a importância deles varia na superfície de um lugar para outro na Lua. Ainda há grandes áreas muito pouco conhecidas na Lua e devido à resolução e dados espectrais restringidos há uma urgente necessidade de mais dados obtidos em alta resolução.

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