AstroManual -
Astronomia Observacional Amadora
http://geocities.yahoo.com.br/rgregio2001/
Geomorfologia Lunar
As missões que chegaram a Lua através de
sondas robóticas e tripuladas demonstraram a complexidade das formações
geológicas na Lua. O conjunto de dados existente até agora é,
porém, insuficiente para revelar de forma detalhada o
desenvolvimento geomorfológico em uma escala global da Lua.
Os melhores dados que temos cobre algumas restritas áreas da face
lunar voltada para a Terra. Por exemplo, a espaçonave Clementine
proporcionou dados globais de só 100 metros por pixel, o que é
muito menos que a resolução das melhores imagens realizadas
pelas missões Apollo.
A Lua apresenta um formato amoldado em formato de ''pêra'' ou
''ovo'' com seu eixo maior ligeiramente apontando para a Terra. A
distribuição da massa lunar não é esférica
e os centros da geometria lunar e gravidade estão localizados
separadamente em aproximadamente 2 km.
A crosta do lado oculto da Lua é composto de anortosito
(anorthositic) relativamente claro e pode ter mais de 100 km de espessura,
enquanto a crosta lunar visível de nossa posição da
Terra é mais magra (menos espessa) e inclui muitas intrusões
densas e lavas basálticas. Porém, o conhecimento do interior
da Lua é muito pouco conhecido e nós precisamos de novas
medidas para resolver sua distribuição de massa e estrutura
mais exatamente.
No decorrer da história da geologia lunar, numerosos impactos de várias
proporções foram as mais efetivas ocorrências que
deformaram sua superfície. A crosta superior foi fraturada,
derretida, escavada e misturada através de numerosos impactos e
recoberta por camadas esparramadas de ejeta de impacto de diferentes
tamanhos.
Os maiores projéteis que se chocaram contra a Lua resultou na
formação de bacias de impacto maior as quais podem ser tão
grandes quanto mais ou menos dois mil quilômetros em diâmetro
e vários quilômetros de profundidade. Normalmente elas têm
espessas capas de lava até o ponto que a profundidade original
delas ser difícil de serem achados. Beira, paredes, cumes centrais
e anéis de crateras, raias e bacias são modificadas através
de posteriores impactos.
Os efeitos dos grandes impactos são especialmente difíceis
de estudar por causa da idade deles e a existência de eventos múltiplos
dentro da mesma área. As formações de ejeta das
principais bacias de impacto podem ser usadas para separar as unidades de
pré e pós-impacto. Medidas exatas podem sugerir rever a
antiga geologia lunar. Várias crateras e ejecta são detalhes
gerais que nos permitiram que identificássemos processos envolvidos
na formação, envelhecimento e deformação de
estruturas de superfície. Podem ser estudados estruturas de anel,
diferença de gravidade, topografia e outros conjuntos de dados.
As maiores bacias de multianéis são as amplas estruturas
mais características e a maioria dos eventos influenciou toda a
crosta da Lua. O evento ocorrido no Pólo Sul, Aitken Bacin, pode
ter descoberto material até mesmo do manto. O desenvolvimento geológico
de bacias principais pode prover respostas para as perguntas de como foi a
origem e a história mais cedo da crosta lunar e manto, e como mais
recentes forças deformaram a estruturas da crosta. A idéia
de endogeneidade silenciosa da Lua tem que ser re-pensada quando estudamos
as primeiras épocas da história lunar. A idéia de um
antigo oceano de magma lunar tem que ser levada em conta e temos que
admitir que a maioria das velhas formações de superfície
lunares participou em larga escala para os processos endógenos
globais.
As bacias lunares mais velhas tiveram uma história endógene
(originado no interior do organismo, ou por fatores internos) bastante
longa e complicada. Isto é demonstrada intensivamente no caso de
algumas velhas grande bacia de impacto modificada. Até mesmo se
parte da deformação foi causada através de eventos de
impacto subseqüentes que estas velhas estruturas também foram
re-trabalhadas através de processos internos lunares. Interiores
cheios de lava indicam atividade interna e há numerosas indicações
que a crosta lunar antiga era, pelo menos em alguns lugares, bastante
magras para permitir a compensação isostática (equilíbrio
geral da crosta ao flutuar sobre o substrato fluido) escavada do furo de
impacto e o mais recente abastecimento espesso de lava.
Muitas bacias grandes de impacto próximas as laterais das marias têm
cumes compressional em sua lava, enchimento tensional ou radial de grabens
concêntrico ao redor delas indicando que a crosta sofreu dobramento,
possivelmente pelo menos em parte devido ao peso do abastecimento de lava.
A crosta lunar foi assim comprimida dentro da bacia cheia de lava enquanto
seus ambientes foram estirados e fraturados dando lugar para o
entendimento e formação de graben. As bacias muito mais
velhas deveriam ser as mais interessantes neste respeito porque a compressão
delas deveria ter sido mais intensa. As imagens e tais bacias lunares e
estruturas de anel têm que ser estudadas juntamente com a sua
gravidade, topografia, composição e outros conjuntos de
dados para um entendimento mais exato. Ainda há numerosas falhas
geológicas e outras estruturas tectônicas para ser achadas na
Lua e estudar sua morfologia de superfície em imagem de alta resolução.
Tectonicamente, a maioria das áreas ativas também
apresentou freqüentemente vulcanismo. Mudanças na topografia
lunar podem ser achadas estudando detalhes em pequena escala; e em alguns
casos podem ser identificadas as direções de fluxo de rilles
sinuosos e suas mudanças ao longo do tempo. As crateras localizadas
fortuitamente espalhadas por toda a superfície podem ser
importantes para os estudos do leito rochoso da Lua. Detalhes de várias
crateras refletem as características desse leito de rochoso. Beira,
cobertura de ejecta e cume central de qualquer cratera lunar indica
efeitos de um impacto particular em um ambiente geológico especial.
A assinatura espectral das rochas de superfície frescas revela a
composição. Crateras frescas e grabens provêem cortes
de teste na crosta e podem permitir até mesmo para uma cartografia
em 3D da capa rochosa do leito superior.
Medidas em Altimetria (Altimetry) permite inspeção da forma
lunar global e topografia. A medição de altimetria
juntamente com imagem em estéreo dará uma visão
melhorada ao desenvolvimento da superfície local e processos que
estiveram ativos no caso de uma formação em particular. A
utilização de ângulos variados de iluminação
do Sol faz o uso dos dados mais reveladores. Junto com dados de gravidade
este conjunto de dados dará melhor idéia da distribuição
da massa interna lunar, estrutura e desenvolvimento.
Há numerosas estruturas geológicas lunares que provêem
tarefas para estudos de futuro.
A quantia de atividade tectônica e tensões envolvidas pode
ser calculada estudando movimentos de falhas, encolhimento da crosta ou
compressão da superfície, mas estes só são
possíveis ser achados por detalhes revelados em imagem de alta
resolução, preferencialmente com uma cobertura boa coberta
de imagens em estéreo. Também é interessante e
importante estudar como as estruturas tectônicas refletem interiores
lunares.
A superfície lunar que nós vemos agora é um
resultado de vários eventos e a importância deles varia na
superfície de um lugar para outro na Lua. Ainda há grandes áreas
muito pouco conhecidas na Lua e devido à resolução e
dados espectrais restringidos há uma urgente necessidade de mais
dados obtidos em alta resolução.