AstroManual - Astronomia Observacional Amadora
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Cronologia Lunar - As Eras Geológicas da Lua
(parte 2)
Resumo - Glossário

Pelo menos aparentemente, a história geológica da Lua também pode ser divida em Eras, tal como a da Terra, para que sua evolução seja mais bem compreendida. As datas são apenas marcos para diferenciar um período de outro e podem não ser exatas.

Era Pré-Nectariana - Qualquer coisa que aconteceu na Lua antes de 3.9 bilhões de anos atrás é considerado pertencente ao Pre-Nectarian. Os eventos incluem a solidificação de um oceano de magma na crosta lunar e a formação da Lua. Este seria o período mais antigo da história da Lua quando sua superfície estaria coberta por quilômetros de oceanos de lavas completamente fundidas. Aos poucos, este oceano de lava fundida começou a se consolidar. O material mais leve e menos denso flutuou em direção a superfície, que posteriormente veio a se tornar crosta primitiva de anortosito. Segundo estudos, essa crosta de anortosito foi quebrada a uma profundidade de cerca de 2 quilômetros pelo impacto constante de meteoritos, cometas e pedaços de asteroidais. Durante este período houve um intenso bombardeamento de objetos impactantes que formando as crateras das terras altas, também chamadas de terrae, as quais representavam a crosta lunar primitiva e que tudo indica foram formadas entre 4.3 e 4.2 bilhões anos atrás.

Era Nectariana - Segundo dados encontrados esse período aconteceu entre 3.9 a 3.8 bilhões de anos atrás. A Era Nectariana é demarcada pela bacia de impacto Nectaris, e seu material ejetado (região de Janssen e formações de Descartes). Nectaris é uma das bacias de cratera mais velhas da Lua, suas extremidades estão danificadas e assim é difícil vê-la. A cratera tem aproximadamente 860 km, com o Mare Nectaris no centro. As formações mais proeminentes do período Nectarian são 13 grandes bacias formadas de super massivos impactos. Tudo indica que todas as outras bacias de impacto antigas foram formadas durante este período. A cerca de 4.1 bilhões de anos atrás teve início o período de vulcanismo e prosseguiu até o meio da Era Imbriana.

Era Imbriana (em torno de 3800 a 3,300 ou 3,2 bilhões de anos atrás. O surgimento da bacia do Mare Imbrium assinala o início da Era Imbriana. Quando um enorme meteorito teria se chocado com a superfície lunar e formado uma grande bacia de impacto que lançou ejecta (material ejetado) por cerca de 1400 quilômetros em todas as direções, cobrindo em torno de 16 % da superfície lunar. Grande parte desse material ejetado veio a se tornar a região de Fra Mauro, Alpes e formações em Cayley. A bacia Orientale (Mare Orientale) provavelmente também foi formada durante este período. Os gigantescos impactos que formaram as bacias racharam a crosta de anortosito e a lava preencheu seu interior. Boa parte da área coberta por lava basáltica foi formada durante um período que durou mais ou menos aproximadamente 500 milhões de anos, formando as chamadas terras baixas, que conhecemos por mare ou maria. As formações do período Imbrian incluem: Formação de cratera de impacto Orientale.Massivo vulcanismo durante este tempo. Formação das maria e início do enchimento das bacias de impacto do período Nectarian.

Era Eratostheniana (cerca de 3,300 a 1,800 bilhões de anos atrás) Durante os primeiros 100 milhões de anos da Era Eratostheniana as lavas basálticas continuaram a se espalhar pelas terras baixas. Posteriormente a Lua começou a se resfriar como um corpo de forma geosférica, mas continuou a sofrer impactos meteoritos e algum vulcanismo esporádico. A Era Eratostheniana é representada por crateras de impacto ainda bem preservadas. As formações do período Eratosthenian são principalmente as crateras escarpadas mas sem nenhum raio. Os últimos vulcanismos lunar aconteceram durante o início do período Eratosthenian. A Cratera Eratosthenes mede 58 km e está na extremidade sul-oriental do Mare Imbrium. É bastante velha, pois que seu material de ejecta foi obliterado, mas é jovem o bastante porque a própria cratera não está estropiada.

A Era Coperniciana (mais ou menos de 1,800 bilhões de anos atrás até hoje). A Era Coperniciana é marcada por crateras mais jovens que ainda apresentam os raios ou raias do material ejetado delas, como por exemplo as crateras de Copernicus e Tycho. Ao que parece, algum fluxo de flava em pequena escala ainda acontecia no início dessa Era. Embora possa parecer que as atividades geologias tenham atualmente cessado, a Lua não é um astro morto, sem nenhuma atividade geológica. Ocorrências de fenômenos de escape de gases, TPL, e atividades sísmicas ainda são detectadas na bela Luna. A maioria dos objetos citado como sendo Copernican são as crateras com raios fresco. Copernicus é uma cratera de 93 km, mas proeminente ao sul do Mare Imbrium. Copernicus tem raios luminosos que saem dela. Isto é onde o material foi lançado para fora da cratera pela força do impacto

Pequeno Glossário

Anortosito / anortoclásio (anorthosite) - Mineral triclínico do grupo dos feldspatos, mistura de silicato de alumínio e sódio com silicato de alumínio e potássio. Anortita - Mineral triclínico, do grupo dos feldspatos (plagioclásio), silicato de cálcio e alumínio.

Brechas (breccias) - Fragmento anguloso, consolidado por cimentação, e que pode resultar do quebramento de uma rocha por processos tectônicos, ou de fragmentos de blocos vulcânicos, ou de cascalhos angulosos sedimentados.

Era - Ponto determinado no tempo, que se toma por base para a contagem dos anos. Período geralmente longo, que principia com um fato marcante ou que dá origem a uma nova ordem de coisas. Em termos da geologia planetária é a divisão básica do tempo geológico contado cronologicamente , o qual abrange vários períodos da história geológica de um planeta ou lua.

Estratigrafia - (trà). [De estrati- + -grafia.] Geol. Estudo da seqüência, no tempo e no espaço, das rochas da litosfera, e bem assim de suas relações genéticas, suas condições pretéritas de formação e sua paleogeografia. Como vimos no início, embora esse termo seja usado para definir coisas da Terra, ele também é usado para todos os outros corpos do Sistema solar, com exceção do Sol, que é uma estrela.

Plagioclásio (plagioclase) - Série de minerais triclínicos (Que tem três ângulos desiguais, os quais se cortam em ângulos oblíquos) do grupo dos feldspatos, que se obtêm por meio de misturas isomorfas de albita e anortita em todas as proporções. São estes os termos intermediários: oligoclásio, andesita, labradorita e bytownita.

Raio - Cada um dos traços ou dos objetos retilíneos que, partindo de um centro, se distribuem em todas as direções, à maneira dos raios luminosos. Algumas crateras lunares possuem raios ou raias luminosas que normalmente partem do centro de origem do objeto impactores.

Regolito / rególito (regolith) - Camada superficial desagregada, proveniente da ação das intempéries, que recobre a rocha fresca e cuja espessura varia entre alguns centímetros e dezenas de metros.

Rille ou Rima - Longos canais na Lua que cruza a superfície das maria; provavelmente formados como um canal aberto em um fluxo de lava, ou como um tubo de debaixo do solo que levava a lava quente e que se desmoronou quando a lava fluiu para fora. Essas trincheiras ou sulcos podem ser sinuosas, angulares ou lineares.

Sistema cristalino - Conjunto de eixos cristalográficos cujas posições referentes no espaço e cujos valores dimensionais definem e classificam os cristais em sete categorias: sistema monométrico ou isométrico, tetragonal ou quadrático, hexagonal, trigonal, ortorrômbico, monoclínico e triclínico. Sistema triclínico - Sistema cristalino que pode referir-se a três eixos desiguais oblíquos.

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