Adiamento da Ota � �desastre nacional� |
CR�TICA |
Jo�o Cravinho n�o tem d�vidas: �Se o Governo n�o lan�ar o concurso p�blico internacional para a constru��o do novo aeroporto da OTA ainda este ano, ou, o mais tardar, no in�cio do pr�ximo, isso ser� um grande desastre nacional, cujas consequ�ncias os respons�veis n�o apanhar�o, pois aimpunidade pol�tica do erro que se vai cometer s� se constatar� dentro de dez anos�. O ex-ministro das Obras P�blicas do Governo PS, e mentor do aeroporto da OTA, esteve em Alenquer, na segunda-feira � noite, para debater o �congelamento� do megaprojecto recentemente anunciado pelo actual titular da pasta, Carmona Rodrigues. Perante uma plateia de dirigentes e autarcas socialistas da regi�o Oeste, Cravinho foi contundente nas cr�ticas aos �constantes ziguezagues� do Governo PSD-CDS/PP sobre a constru��o do novo aeroporto. �Custa muito dinheiro a OTA, mas custa muito mais n�o fazer, porque passamos a ser comandados por Madrid e corremos o risco de passar a ser a 5.� autonomia espanhola�, sustentou. Para o ex-ministro, �atrasar a OTA, n�o fazer a OTA, � passar a ter um aeroporto regional em Lisboa e fazer um buraco no projecto global da rede transeuropeia de transportes�, sendo que �a alternativa � zero, porque n�o h� uma concep��o estrat�gica�. Quanto � hipot�tica expans�o do aeroporto da Portela, Cravinho insurgiu-se contra tal medida, tendo em conta que �custar� muito mais ao Estado do que a OTA (a valores actuais pode atingir 3000 milh�es de euros), cujo modelo de financiamento prev� apenas 20% e investimento p�blico�. J� as obras na Portela, nos c�lculos de Cravinho, �poder�o atingir 1500 milh�es de euros (metade do custo da OTA), que ter�o que ser integralmente suportados pelo sector p�blico, por n�o haver interessados no projecto�. Sublinhou, ainda, que �n�o � poss�vel um aeroporto do s�culo XXI, que seja um motor de localiza��o de actividades e n�o de passageiros, funcionar dentro da cidade com qualidade de servi�o�. E fez quest�o de real�ar o problema da seguran�a: �O transporte a�reo � seguro, mas quando cai um avi�o numa �rea urbana o problema � complicado de gerir. E aqueles que hoje dizem que isso n�o � problema nenhum (respons�veis pol�ticos, presidentes de c�mara), ser�o os primeiros a dizer que sempre defenderam o contr�rio se um dia houver um acidente em Lisboa�. Em tom ir�nico, Cravinho �alertou� os autarcas socialistas para os objectivos da anunciada desloca��o do ministro das Obras P�blicas � regi�o (Bombarral), no dia 11 de Julho: �Se vier justificar o adiamento da OTA com a redu��o do tr�fego a�reo, digam-lhe para consultar as previs�es da IATA e da ANA�. DN (25JUN2003) |
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