F�brica  da   Chemina
sem   futuro

O edif�cio da antiga F�brica de Lanif�cios da Chemina (1889), situado no centro de Alenquer, continua sem qualquer ocupa��o definida, seis anos depois de ter sido adquirido pela autarquia. O mais recente projecto visava transformar o im�vel num complexo escolar destinado a realojar os estabelecimentos do primeiro ciclo da sede de concelho, mas o prop�sito dos respons�veis municipais foi "chumbado" pelo Minist�rio da Educa��o, dado que o logradouro e o parque destinado ao estcionamento autom�vel foram considerados inadequados e n�o existe espa�o suficiente para o recreio.

Desde que adquiriu a unidade, por 210 mil contos, em Setembro de 1994, na sequ�ncia de um processo de fal�ncia que implicou a extin��o de 84 postos de trabalho, a C�mara de Alenquer j� avan�oi com v�rios prop�sitos istintos de ocupa��o. Primeiro, a inten��o era instalar no edif�cio centen�rio um centro de forma��o profissional e um museu da ind�stria. Mas esta hip�tese foi abandonada perante os poucos apoios recolhidos, n�o s� por parte da administra��o central como da pr�pria ind�stria.

Face � dupla necessidade de aquele espa�o privilegiado ser reconvertido e de ser urgente dar uma resposta �s condi��es prec�rias nas escolas do primeiro ciclo da vila, o edil �lvaro Pedro (PS) prop�s ao executivo camar�rio o que, desde logo, classificou como "uma boa solu��o": a adapta��o do vetusto im�vel, que ficou reduzido �s paredes ap�s um inc�ndio em 28 de Mar�o do ano passado, a complexo escolar. Os planos da c�mara contemplavam tamb�m a instala��o de uma escola para deficientes.

Certo � que, desde que a edilidade decidiu chamar � sua posse o complexo da antiga f�brica - em cuja parte moderna foram, entretanto, instaladas a sede da Sociedade Uni�o Musical Alenquerense (SUMA), um ATL da Miseric�rdia local e um pavilh�o polivalente de apoio �s escolas -, as vozes cr�ticas t�m-se multiplicado.

Primeiro, alguns sectores denunciaram o alegado "desperd�cio de verbas", configurado pela aquisi��o e posterior recupera��o/manuten��o da extinta f�brica. Agora, � a alegada "indefini��o e falta de crit�rios" na ocupa��o do complexo que est� na mira do grupo contestat�rio, onde sobressai a oposi��o comunista na c�mara, que votou favoravelmente a compra.

Para o vereador Jos� Manuel Catarino (CDU) "� lament�vel que a c�mara, decorrido todo este tempo, ainda n�o saiba o que fazer com aquele edif�cio, que, como agora se prova, foi comprado com o dinheiro dos mun�cipes s� para fazer o jeito aos amigos do presidente que administravam a unidade na altura, apesar de os antigos trabalhadores ainda hoje n�o terem recebido qualquer indemniza��o".

Na sua perspectiva, "a alternativa de ocupa��o mais razo�vel seria a instala��o do novo centro de sa�de da sede de concelho naquele espa�o, mas a gest�o PS n�o quer e, de projecto em projecto, j� anunciou que prefere o terreno ao p� do campo da feira, afastado do centro urbano, para esse fim".

Em declara��es ao DN, o presidente da autarquia diz que, quando fez a proposta de aquisi��o das instala��es dos Lanif�cios da Chemina, "j� esperava cr�ticas". Uma vez que o projecto do complexo escolar foi inviabilizado pelo Minist�rio da Educa��o, adianta �lvaro Pedro, "a autarquia est� apostada em estudar outras solu��es, havendo a hip�tese de o edif�cio vir a ser adaptado para receber alguns servi�os da pr�pria autarquia e, eventualmente, algum museu ou equipamento cultural".

                                                                                                                                   DN (30AGO2001)

EDIF�CIO
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