Em busca das ossadas de Dami�o de G�is |
INVESTIGA��O |
Uma nova pesquisa arqueol�gica destinada a localizar as ossadas de Dami�o de G�is vai ser realizada, at� Maio, na antiga Igreja de Santa Maria da V�rzea, em Alenquer, anunciou o vereador da Cultura. Depois de ter sa�do gorada a investiga��o do Ver�o, noutro templo da Vila Pres�pio, Lu�s Rema diz que a equipa interdisciplinar respons�vel pelo estudo antropol�gico e forense dos restos mortais do cronista do s�culo XVI parte do pressuposto de que o local agora indicado � aquele onde G�is foi realmente sepultado. Em Setembro, o grupo de investigadores, sob orienta��o do arqu��logo Fernando Eduardo Rodrigues Ferreira, efectuou o levantamento das ossadas atribu�das a Dami�o de G�is e a sua mulher, a aristocrata flamenga Joana Van Hargen, na capela tumular dedicada ao insigne humanista na Igreja de S. Pedro. Contudo, o estudo, com recurso �s potencialidades dos raios X digitais, tomografia computadorizada (TAC) e osteodensitometria, acabou por provar que se tratava, afinal, dos restos mortais de seis homens, duas mulheres e duas crian�as. O erro ter� tipo por base o facto de a traslada��o dos ossos de Dami�o de G�is e da mulher se ter realizado em 1941, da Igreja de Santa Maria da V�rzea, muito arruinada, para o templo dedicado a S. Pedro, mas que devido a obras de amplia��o da igreja, a pedra tumular do cronista ter� mudado de s�tio sem que o mesmo tivesse acontecido com o que se encontrava debaixo dela. Neste quadro, os investigadores admitem que a hip�tese de que, quando foi levantada para retirar os restos mortais, a pedra tumular apenas cobrisse ossadas indiferenciadas. O estudo, que visa obter dados sobre o tipo de alimenta��o, a robustez, a altura e peso, doen�as, a causa da morte e a reconstitui��o das fei��es do ilustre desaparecido, deveria ter constitu�do um ponto alto do quinto centen�rio do nascimento de Dami�o de G�is assinalado no ano passado. De qualquer modo, o vereador da Cultura faz �um balan�o extremamente positivo das comemora��es promovidas pela autarquia e entidades como a Bibliotece Nacional, a Comiss�o dos Descobrimentos Portugueses, a Universidade do Minho e os CTT, que, apesar de n�o terem tido cariz nacional, tiveram bastante dignidade�. Lu�s Rema sublinha que �as iniciativas e os estudos revelaram as facetas de Dami�o de G�is como m�sico e tradutor�, sendo que, �o grau de exig�ncia para falar sobre o cronista, a partir de agora, � muito maior�. DN (11FEV2003) |