Falta de hot�is amea�a turismo |
DESENVOLVIMENTO |
A aposta de Alenquer no turismo pode estar condenada ao fracasso, devido � inexist�ncia de unidades hoteleiras no concelho. Existem investidores interessados, s� que os dois projectos j� apresentados foram "chumbados" pela ANA - Aeroportos de Portugal, no �mbito das medidas preventivas de ocupa��o de solos na zona do futuro aeroporto da Ota, sendo que a c�mara local promete isentar de licen�a o primeiro empreendimento que vier a instalar-se no concelho. Os respons�veis municipais acreditam que o concelho �possui condi��es para ser extremamente apetecido em termos tur�sticos, porque fica a 30 quil�metros dacapital e tem ainda uma dimens�o e uma caracter�stica de ruralidade que actualmente � bastante valorizada e pode servir de atrac��o�. Nesta perspectiva, assumiram como priorit�ria neste mandato a implementa��o de um programa de desenvolvimento tur�stico, baseado na Rota do Vinho do Oeste, que abrange seis quintas do concelho, e no riqu�ssimo patrim�nio hist�rico da "Vila Pres�pio". Os primeiros passos j� foram dados, com a inaugura��o de um posto de turismo na sede de concelho, no final de Abril, e da rota tur�stica "Alenquer atrav�s da Hist�ria", que oferece a possibilidade de visita a locais diferentes do patrim�nio tur�stico e cultural do munic�pio. A outro n�vel, o antigo Celeiro Real, de 1811, est� a ser alvo de obras de recupera��o, tendo em vista funcionar como "porta de entrada" da Rota do Vinho do Oeste, que integra tamb�m Torres Vedras e �bidos. Est�, ainda, previsto para Julho o lan�amento da Rota das Igrejas, para dar express�o a �um dos patrim�nios de maior qualidade que o concelho tem�. Empenhado em fazer da regi�o um destino tur�stico preponderante, o presidente da Regi�o de Turismo do Oeste n�o tem d�vidas que o facto de Alenquer n�o possuir estabelecimentos hoteleiros constitui uma forte contrariedade. For�ado a �consertar um programa que permita ir vendendo, de qualquer das formas, o produto existente em Alenquer�, Ant�nio Carneiro assegura que j� vincou junto do presidente da c�mara local a necessidade de o concelho preencher rapidamente esse requisito �t�o importante para atrair visitantes�. De resto, na sua perspectiva, sem equipamentos hoteleiros �n�o vale a pena dizer que o produto � muito bom, que a quinta � bonita e que o vinho � bestial�. A verdade � que n�o t�m faltado potenciais interessados num investimento deste tipo em Alenquer. Fernando Martins, natural do concelho, manifestou, recentemente, interesse em construir na vila �uma unidade de n�vel, com salas para grandes festas e congressos�. Em declara��es ao jornal Nova Verdade, o conhecido empres�rio hoteleiro revelou que o seu objectivo inicial era concretizar o projecto nos terrenos da antiga F�brica de Papel, mas que, quando procurou fechar o neg�cio, a c�mara j� tinha adquirido aquele espa�o. Tendo contactado o presidente da c�mara, na expectativa de um entendimento capaz de viabilizar o empreendimento, foi-lhe respondido que �era imposs�vel, mas que logo que houvesse um terreno na periferia me informavam�, ora �um hotel n�o se pode fazer fora da vila; os mot�is � que podem ser constru�dos em locais de passagem�. O presidente da C�mara de Alenquer alega que a impossibilidade de Fernando Martins construir na antiga F�brica de Papel prende-se com o �projecto da autarquia que visa adaptar aquele espa�o na entrada da vila a parque de estacionamento, tendo em vista solucionar os problemas de tr�nsito decorrentes das obras de regulariza��o das margens do tro�o urbano do rio, que est�o prestes a arrancar�. No entanto, porque �Alenquer precisa de resolver urgentemente o problema da falta de um hotel�, �lvaro Pedro disse ao DN que est� �pronto para colaborar com qualquer investidor que aposte no concelho, ajudando a encontrar terreno e, at�, isentando de licenciamento a primeira unidade a instalar-se no concelho�. O autarca assegura que Alenquer s� ainda n�o disp�e de hot�is devido �s medidas restritivas de salvaguarda de espa�os na envolvente da antiga Base A�rea da Ota, para onde est� prevista a constru��o do novo aeroporto, que considera �claramente excessivas, pois englobam um raio de quatro quil�metros, em vez dos dois que se admite serem necess�rios�. Segundo �lvaro Pedro, a ANA, enquanto �rg�o que superintende todas as quest�es relacionadas com a referida �rea, �j� inviabilizou, em concreto, dois projectos de unidades hoteleiras no concelho: um no lugar da Torre e outro na zona do Carregado�. DN (29JUN2002) |