Pr�dios com "bomba" � porta
Um ano e meio ap�s ter sido instada pela assembleia municipal a corrigir o erro urban�stico  que  juntou,  na vila do Carregado, uma bomba de gasolina e dois pr�dios de habita��o de grande  dimens�o, a C�mara  de Alenquer ainda n�o resolveu o problema, para descontentamento da pula��o e dos �rg�os  aut�rquicos  da maior freguesia do concelho.

A pol�mica  suscitada  pelo  licenciamento  da  gasolineira,  numa  zona  que  estava  destinada  a  espa�os verdes,  a  menos de  cinco   metros   de  duas  torres   habitacionais  com   12   andares   j�  anteriormente projectadas, est� longe de um desfecho. Com a agravante de j� estarem, entretanto, conclu�dos e  em  fase de ocupa��o os edif�cios residenciais.

Confrontado com duras cr�ticas dos deputados municipais e da associa��o ambientalista concelhia (Alambi) quanto �s circunst�ncias em que foi viabilizada a instala��o do  posto  de  combust�vel  Repsol,  o executivo camar�rio admitiu, pela voz do presidente, que "houve  uma  falha  t�cnica  dos  servi�os  da  autarquia"  na an�lise �s extremas dos respectivos projectos, concretizados em terrenos da Urbaniza��o da Barrada, junto � EN3.

Baseada numa recomenda��o da assembleia municipal, a autarquia anunciou, em Setembro de  2000,  que iria denunciar o contrato de arrendamento dos 800 metros quadrados em causa, que foi assinado em 1989, contemplando o pagamento de 1200 contos anuais por parte da firma Gasolcar.

O documento estipula um arrendamento por 50 anos com op��o de renova��o por per�odos  subsequentes de 25, mas prev� que a edilidade possa "tomar posse do terreno ap�s dez anos (j� cumpridos), por motivos de servi�o p�blico", desde que esta trate de assegurar um espa�o alternativo com id�nticas caracter�sticas.

S� que o espa�o apontado pela c�mara para reinstala��o do contestado posto de combust�vel, numa  zona adjacente ao Campera Outlet Shopping (a  cerca  de  500  metros  da  actual  localiza��o),  n�o  satisfaz  os respons�veis da gasolineira, que, assumidamente, preferem ficar onde est�o.

Quando  confrontado  com   o   problema,   o   edil  �lvaro  Pedro (PS)  tem-se  desdobrado  em  afirma��es contradit�rias: ora anunciando a transfer�ncia das  bombas  de  gasolina  para  o  espa�o  alternativo,  com base num alegado protocolo com a administra��o do Campera, ora sustentando que, afinal, "a  situa��o  do posto � legal, sendo apenas necess�rio relocalizar o equipamento de lavagem autom�tica de viaturas".

Instado pelo DN a esclarecer a posi��o camar�ria, o autarca come�ou por sublinhar  que  "est�  tudo dentro da legalidade, apesar de ter havido um erro de implanta��o do  primeiro  edif�cio",  mas  assegurou  que  "a transfer�ncia da gasolineira vai mesmo ser uma realidade,  pois  os  respons�veis  do  posto  Repsol  est�o mais entusiasmados com a perspectiva de se reinstalarem  junto  ao  Campera,  agora  que  est�  pr�xima a inaugura��o de uma pista de
karting naquele complexo".

Data para a mudan�a � que ainda  n�o  h�,  mas  �lvaro Pedro  acredita  que  "o  interesse  tamb�m  �  dos pr�prios empres�rios, pois eles pretendem modernizar o posto, o que n�o � poss�vel no actual espa�o".

Da parte do concession�rio do posto de combust�vel,o gerente Humberto  Pechilga  assegurou  ao  DN  que "est� decidido que n�o sa�mos daqui. A nossa situa��o est� legal, os pr�dios tamb�m est�o legais, portanto fica tudo na mesma". Esta foi, nas suas palavras, a "informa��o final" que  lhe  foi  transmitida  pela  Repsol, cujos respons�veis nacionais desenvolveram os necess�rios contactos com a C�mara de Alenquer.

                                                                                                                                   DN (28AGO2001)

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