Vila de Alenquer recria
cena hist�rica de Bel�m
Cumprindo a tradi��o natal�cia, a vila de Alenquer monta anualmente o seu famoso,  e agora  renovado, pres�pio decorativo, composto por figuras com cerca de seis metros de altura, posicionadas no ermo da colina que constitui a denominada "vila alta".

Englobando mais de 20 pe�as representativas das figuras b�blicas, desde o Menino, Maria, Jos� e  Reia Magos, at� aos pastorinhos com seus animais, devidamente  orientados  por  dois  anjos  da  guarda,  o pres�pio constitui um dos ex-l�bris da vila, em  tempo  de  Natal.  Ali�s, foi  este  apreci�vel  trabalho que granjeou a Alenquer o bonito ep�teto de Vila Pres�pio.

Concebido ao gosto dos pres�pios tradicionais portugueses, o pres�pio de Alenquer � realizado  desde 1968, tendo surgido no �mbito de um conjunto significativo de benfeitorias levadas a cabo na sequ�ncia das dram�ticas e catastr�ficas cheias de Novembro de 1967, que deixaram de luto e  em  ru�na  a  zona ribeirinha da vila.

Era ent�o presidente da c�mara o pintor  Jo�o  M�rio  Aires d'Oliveira,  que  procurou  dar  �  sua  terra adoptiva a beleza e o encanto que ela merecia, nomeadamente com a melhoria da  rede  de  ilumina��o p�blica, incluindo a coloca��o de candeeiros nas principais art�rias e  em  alguns  monumentos:  Pa�os do Concelho, Arco da Concei��o, Igreja de S�o Francisco e Igreja de S�o Pedro.

Foi neste clima de renova��o que o vereador municipal, D. Jos� Siqueira,  prop�s  a  ideia  de  criar  um pres�pio monumental a colocar na encosta virada ao rio.  Recebida  entusiasticamente  a  sugest�o,  foi contactado para a concep��o e execu��o deste trabalho art�stico  o  pintor  �lvaro  Duarte  de  Almeida, que, apesar de viver em Lisboa, mantinha uma  liga��o  sentimental  com  a  vila,  onde  vivera  durante cerca de dez anos.

O pres�pio de figuras monumentais, as maiores com cerca de seis metros e a  mais  pequena  atingindo quase metro e meio de altura, baseou-se, segundo o seu autor,  "na  figura��o  da  pintura  portuguesa dos s�culos XVI e XVII". Colaboraram nesta obra, executada em madeira, o mestre  Duarte  de  Almeida, que concebeu  as  figuras  e  definiu  o  seu  cromatismo,  os  seus  filhos  Am�lia  e  �lvaro,  que  ent�o frequentavam a Escola de Belas Artes, e o pr�prio presidente da autarquia e pintor Jo�o M�rio.

Decorridos mais de 30 anos, a ac��o  do  tempo  exerceu  efeitos  destruidores  sobre  aquele  trabalho art�stico,   pelo  que   a   c�mara  alenquerense  decidiu  encomendar  novas  figuras  em  liga  met�lica, mantendo todo o rigor e perfei��o da tra�a primitiva.

PRES�PIO
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