Assaltos e furtos di�rios
assustam Carregado
O  clima  de  inseguran�a  voltou  a  instalar-se,  nas  �ltimas  semanas,  no  Carregado,  sucedendo-se  os assaltos quase di�rios  a  estabelecimentos  comerciais  e  roubos  em  viaturas.  A  popula��o  est� descontente e h� quem se afirme revoltado  com  a  actua��o  dos  militares  destacados  para  o  posto m�vel da GNR, que alegadamente "limitam-se a fazer ca�a � multa  nas  ruas  e  nos  acessos  da  vila". Ap�s um per�odo relativamente calmo,  na sequ�ncia  do  refor�o  da  vigil�ncia  pela  GNR, devido  aos acontecimentos graves do in�cio de 2002, que culminaram no homic�dio de um idoso,  os carregadenses t�m sido confrontados com constantes epis�dios de criminalidade,  que fizeram  renascer  o  sentimento de inseguran�a.

Nos casos  mais recentes contam-se, entre outros, assaltos ao quiosque da Barrada e a uma florista  da Rua D. Pedro V, bem como diversos furtos, por arrombamento, em  viaturas,  nomeadamente  nas  ruas Alferes Machado Ferr�o (noite de 26 de Janeiro) e Lu�s de Cam�es (27 de Janeiro).

As resid�ncias  est�o  tamb�m  na  mira  dos  assaltantes,  tendo-se  registado  j�  tentativas  de  roubo nalguns condom�nios.  A  't�cnica'  utilizada  para  entrar  nos  edif�cios,  segundo  revelou  ao  DN  uma testemunha,   �  "tocarem  para  todas  as  campainhas  e  dizerem  que  �  pessoal  de  distribui��o  de publicidade, para depois 'estudarem' pormenores relacionados com as  casas  e  roubarem  bicicletas  e outros equipamentos e materiais deixados nas escadas".

A sensa��o de que "apresentar queixa � GNR de Alenquer  n�o  serve  de  nada"  �  un�nime  entre  as v�timas dos roubos. Um morador lesado telefonou para a GNR de Alenquer, na  manh�  seguinte  �  sua viatura ter sido alvo de furto, para alertar os guardas acerca dos assaltos repetidos na zona  central  do Carregado. Contou ao DN que, quando lhe perguntaram se pretendia  apresentar  queixa  e  disse  que n�o, porque n�o valia a pena, a resposta que obteve do elemento da GNR foi, sem surpresa,  a  que  j� esperava: "pois, pois".

A  popula��o  do Carregado  n�o  compreende  tanta  demora  na  instala��o  da  GNR  na  vila  e  est� descontente com a atitude de "ca�a � multa" que alegadamente se limitam a fazer os dois elementos  do posto m�vel destacado para a  vila,  desde  Fevereiro  de  2001.  Segundo  v�rios  testemunhos,  s�  se compreende essa actua��o dos efectivos da GNR "na medida, injustific�vel, em que  �  muito  mais  f�cil penalizar os condutores por  pequenas infrac��es  de  tr�nsito  do  que  combater  os  criminosos   que, dutante a noite, tomam conta da vila".

E as cr�ticas j� se fizeram ouvir na assembleia de freguesia, onde,  numa  recente  reuni�o,  foi  referido que, "se � para isto que est� c� o posto m�vel da GNR, ent�o podem lev�-lo daqui para fora".  A revolta entre a popula��o � t�o grande que volta a falar-se, nalguns  sectores,  da  "necessidade  de  constituir brigadas populares para patrulhamento nocturno da vila", estando entre os defensores  da  medida  um antigo membro da assembleia de freguesia.

Preocupado com a situa��o, o  presidente  da  junta  de  freguesia  carregadense  reuniu-se,  no  dia  5 de   Fevereiro,  com   o  comandante  da   GNR   de   Alenquer.   Ars�nio  Carvalho   disse  ao   DN  que respons�veis daquela for�a  de seguran�a  lhe  garantiram  recentemente  que  "dever�o  arrancar  nos pr�ximos dias as obras de adapta��o do  antigo  ATL  (ocupa��o  de  tempos  livres)  da  Barrada  para posto provis�rio da GNR, prevendo-se  que  o  espa�o  seja  activado,  com  a  coloca��o  de  efectivos, dentro de dois meses".


                                                                                                                                       DN (05-02-2002)
INSEGURAN�A
Popula��o n�o poupa cr�ticas � GNR
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