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| ALENQUER |
| Autarcas e ecologistas contra central de bet�o |
| A freguesia de Ota, Alenquer, ainda n�o sabe quando poder� assistir ao arranque da constru��o do novo aeroporto internacional que est� projectado para o seu territ�rio, mas j� est� a ser confrontada com a instala��o de uma central de bet�o. os respons�veis aut�rquicos est�o preocupados com a situa��o e garantem que n�o v�o cansar-se de lutar, ao lado da popula��o, contra o indesejado estabelecimento industrial. A localiza��o escolhida pelas Constru��es Ant�nio Joaquim Maur�cio, Lda., para a central de bet�o, numa �rea de dez mil metros quadrados, propriedade da Fornecedora de Britas do Carregado, �fica na extrema da serra da Ota e j� � territ�rio da nossa freguesia, e n�o de Abrigada, como � referido na mem�ria descritiva do projecto, existindo casas a menos de 500 metros�, diz o presidente da Junta de Freguesia da Ota. Embora a empresa promotora tenha requerido autoriza��o de funcionamento da unidade industrial para um per�odo de dois anos, Rui Branco (PS) adverte: �Como sabemos, em Portugal o provis�rio passa facilmente a definitivo�. O autarca otense confessa ao DN que est� bastante apreensivo, pois conhece bem os problemas ambientais causados pelas cimenteiras e receia que os 1200 habitantes da freguesia se tornem v�timas das poeiras e da polui��o causadas por uma produ��o deste tipo e pelo constante vaiv�m de ve�culos pesados, que podem p�r em causa a qualidade de vida existente. �Eles j� come�aram a desmata��o do terreno: foram cortados dez mil metros quadrados de eucaliptal, �rea que protegia a freguesia contra as poeiras da pedreira�, revela Rui Branco. Os respons�veis municipais de Alenquer j� comunicaram � junta de freguesia que v�o dar um parecer negativo sobre o projecto, mas a autarquia da Ota decidiu entregar o caso a um advogado que vai estudar eventuais irregularidades da iniciativa, de modo a levar o Minist�rio da Economia a inviabilizar a instala��o da central de bet�o naquele local. �Esperamos que o Minist�rio do Ambiente esteja muito atento a este processo�, adverte Rui Branco, que vai propor a adop��o de uma posi��o de for�a contra a instala��o da unidade industrial na reuni�o da assembleia de freguesia, contando, desde j�, com o apoio da oposi��o PSD e CDU. Para o presidente da Associa��o para o Estudo e Defesa do Ambiente do Concelho de Alenquer (Alambi), n�o h� d�vidas de que a instala��o da unidade industrial �constituir� um atentado � qualidade de vida da popula��o e ao patrim�nio natural daquela zona que o pr�prio Plano Regional de Ordenamento do Territ�rio da �rea Metropolitana de Lisboa (PROTAML) classifica como riqueza a preservar�. De resto, �o que se deveria estar a fazer neste momento era encerrar as pedreiras e n�o estar a incrementar a sua actividade atrav�s de uma central de betuminoso�, sustenta Jos� Carlos Morais. O dirigente ambientalista alenquerense defende que �h� outros locais � volta onde se podia instalar a central sem os mesmos impactes� e assegura que �a Alambi dever� assumir uma posi��o p�blica sobre o projecto, logo que tome conhecimento pormenorizado do mesmo, sendo certo que o far� em defesa do patrim�nio natural do concelho e do bem-estar das popula��es�. DN (03DEZ2004) |
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| Muita gravilha, p� de pedra e betume A mem�ria descritiva do projecto indica que entre as mat�rias-primas que a central de bet�o utilizar� figuram inertes britados (gravilha e p� de pedra), betume e nafta. tem uma capacidade para produzir 30 mil toneladas de bet�o/ano. dada a inexist�ncia de rede de saneamento, v�o conduzir-se os esgotos para fossa s�ptica seguida de trincheira filtrante. Dar� emprego a quatro pessoas. O promotor diz que o produto da central se �destina a consumo nas obras que lhe est�o adjudicadas, nomeadamente na execu��o de infra-estruturas na Quinta da Abrigada, e repara��o de arruamentos em Sintra�. |