Central EDP mobiliza
pol�ticos
CARREGADO
Os �rg�os aut�rquicos do Carregado pretendem que o Grupo EDP  assuma  novas  responsabilidades perante a freguesia, no �mbito da nova central energ�tica de ciclo combinado  que  vai  ser constru�da nas proximidades da vila.

Em reuni�o extraordin�ria para analisar o Estudo  de  Impacte  Ambiental  (EIA)  da  nova  central,  cuja discuss�o   p�blica   decorre   at�  18  deste  m�s,   a   Assembleia  de  Freguesia  (AF)  aprovou,   por unanimidade, um documento em que assume o desejo de ver aumentado o compromisso da  EDP  com a popula��o.

Sendo certo que a nova central de ciclo combinado a g�s natural, que vai ser  constru�da  em  terrenos adjacentes situados a norte  da  actual  Termoel�ctrica  do  Carregado,  vai  utilizar  a  tecnologia  mais moderna e mais limpa, Carlos Areal, da CDU, defendeu o refor�o das responsabilidades  em rela��o  � freguesia por parte da empresa. A justifica��o, diz, "� bem clara:  no  passado,  fart�mo-nos  de  comer p�, pois a central existente - inaugurada em 1971 - s� nos  �ltimos  anos  beneficiou  de  investimentos destinados a reduzir as suas emiss�es poluentes  e  a  adaptar  dois  dos  seis  grupos  produtores  ao consumo de g�s natural".

Os autarcas  consideram  que  as  contrapartidas  da  EDP  em  rela��o  �  projectada   infra-estrutura, estimada em mais de 200 milh�es de contos,  podem  passar  por  "algumas  obras,  nomeadamente  o arranjo da zona ribeirinha, e a constru��o de um passeio pedonal e para bicicletas entre a vila  e  o  rio Tejo".

O presidente da junta, Ars�nio Carvalho (PS), deu  conta  dos  contactos  que  manteve  recentemente com os respons�veis da nova  central.  Ter�  aproveitado  para  reclamar  algumas  vantagens  para  o Carregado. Por tal, sublinhou a import�ncia da tomada de posi��o da AF, como factor de press�o para conseguir as pretens�es apresentadas.

Quanto ao EIA da nova central, destinada  a  "responder  ao  aumento  do  consumo",  com  conclus�o prevista para Outubro de  2003,  os  eleitos  carregadenses  entendem  que  "a  leitura  do  documento suscita  muitas  d�vidas".   Por  tal,  tendo  em vista   obter  esclarecimentos,  v�o  solicitar  tamb�m  ao Instituto de Promo��o Ambiental (Ipamb), com car�cter de urg�ncia, uma audi�ncia p�blica.  Decidiram, tamb�m, reclamar a montagem de um sistema de monitoriza��o do ru�do e da qualidade do ar.

Jos� Carlos Morais, da lista de independentes, sustentou que, no EIA, "foi negligenciado o factor  risco, tendo em considera��o que a nova central ficar� no alinhamento e a  cerca  de  quatro  mil  metros  da pista principal  do  futuro  aeroporto  da  Ota".   O estudo,  segundo  referiu,   "ignora,  igualmente,   as tradi��es e o patrim�nio etnogr�fico da zona da Vala do Carregado, onde subsiste uma  das  principais ganadarias portuguesa e uma pequena comunidade de pescadores avieiros".

Ao contr�rio do que � referido no EIA, prevendo apenas a possibilidade de encarar  a  desclassifica��o dos grupos geradores a fuel da central existente a partir de 2010, a AF do  Carregado  gostaria  que  a constru��o da designada Central Termoel�ctrica do  Ribatejo  tivesse,  primariamente,  po  objectivo  a "substitui��o do actual centro produtor, garantindo com tecnologias mais avan�adas um menor impacte ambiental".

                                                                                                                                     DN (01SET2001)
A actual central termoel�ctrica
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