OTA
Santana poder� atrasar aeroporto
A  escolha  de  Santana  Lopes  para  suceder  a   Dur�o   Barroso   na   chefia   do   executivo   pode   ter consequ�ncias no processo de constru��o do novo aeroporto internacional de Lisboa. Isto tendo em conta a oposi��o, em tempos manifestada, pelo agora indigitado primeiro-ministro � localiza��o do projecto na Ota.

O alerta � do presidente da C�mara Municipal de Alenquer, �lvaro Pedro (PS), que tenciona solicitar uma audi�ncia ao titular das Obras P�blicas logo que o novo Governo tome posse, de modo a esclarecer at� que ponto a sua preocupa��o tem fundamento.

Sanatana Lopes, enquanto presidente da C�mara de Lisboa, despoletou uma acesa discuss�o sobre a validade do projecto previsto para o concelho de Alenquer, tendo declarado ao jornal
P�blico - no dia 28 de Janeiro de 2002 - que um aeroporto na Ota �n�o serve a ningu�m, a n�o ser os que est�o l� ao lado�.

�lvaro Pedro, que na altura foi a p�blico defender o projecto da Ota, no que foi secundado por v�rios autarcas sociais-democratas da regi�o Oeste e do distrito de Leiria, recorda-se bem dessas afirma��es do novo l�der do PSD. � por isso que o autarca socialista admite estar �preocupado com o andamento do processo de constru��o da nova pista internacional�, agora que o seu ex-colega de Lisboa, que �quando era presidente da C�mara da Figueira da Foz defendeu a localiza��o do novo aeroporto na Ota�, se prepara para assumir a governa��o do Pa�s.

�Acredito que a entrada em fun��es de Santana Lopes, s� por si, n�o vai trazer uma influ�ncia negativa
no projecto mas existe, de facto, o risco de poder vir a haver atrasos que comprometam o empreendimento, ou mesmo de o atirar para as calendas gregas, o que n�o seria nada bom para esta regi�o e, naturalmente, para o Pa�s�, afirma ao DN �lvaro Pedro.

O edil de Alenquer relembra que �a mais recente projec��o sobre o avan�o das obras do novo aeroporto da Ota, feita pelo actual ministro das Obras P�blicas, no Bombarral, apontava para 2007, tendo Carmona Rodrigues previsto a inaugura��o da obra em 2015/2016�.

�lvaro Pedro duvida que o novo executivo, por for�a da lideran�a de Pedro Santana Lopes, possa chegar ao ponto de decidir uma eventual reavalia��o do processo de constru��o do novo aeroporto na Ota, sendo certo, nas suas palavras, que �a vasta regi�o formada pelas comunidades urbanas do Oeste e da Lez�ria do Tejo, assim como pelo distrito de Leiria, reagiriam prontamente�.

Com o objectivo de anular todas as d�vidas acerca deste processo, colocadas pelas mudan�as governamentais que est�o em curso, o respons�vel m�ximo do munic�pio para onde est� prevista a constru��o do novo aeroporto tenciona solicitar uma reuni�o ao novo titular das Obras P�blicas, logo que
o novo executivo tome posse. �Precisamos de saber quel � o prop�sito do Governo em rela��o a este assunto t�o importante para o futuro do nosso Pa�s�, conclui o presidente �lvaro Pedro.

                                                                                                                                          DN (13JUL2004)
Um processo j� com 35 anos

ESTUDOS.
O processo de constru��o de um novo aeroporto teve in�cio em 1969, tendo sido consideradas cerca de dezena e meia de alternativas. Os estudos realizados pela NAER-Novo Aeroporto, SA, que foi constitu�da em 8 de Junho de 1998, sustentram a viabilidade t�cnica das hip�teses Ota e Rio Frio.
DECIS�O. Face ao resultado das an�lises de impacte ambiental, o Governo optou, em 1999, pela Ota. O investimento pevisto pelo executivo socialista liderado por Ant�nio Guterres era de cerca de 2500 milh�es de euros, tendo a inaugura��o da obra sido apontada para 2010.
ADIAMENTO. Na �ltima campanha para as legislativas, Dur�o Barroso adverte que, se vencer as elei��es, o aeroporto dar� lugar a �algumas prioridades�. O ministro das Obras P�blicas, Valente de Oliveira, confirma o adiamento da constru��o da infra-estrutura para 2007.
CONFUS�O. Em Julho de 2003, Carmona Rodrigues assume a pasta das Obras P�blicas e afirma que o novo aeroporto �n�o � uma prioridade�, originando uma forte controv�rsia com os autarcas do Oeste/Ribatejo/Leiria, fartos dos avan�os e recuos. Para serenar os �nimos, o ministro vai ao Bombarral assegurar que o empreendimento dever� estar operacional em 2015.
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