Almo�os gr�tis s� no papel
EDUCA��O
O fornecimento de almo�os aos alunos carenciados do pr�-escolar  e  do  1.�  ciclo  do  concelho  de Alenquer, previsto para Janeiro,  ainda  n�o  passou  do  papel,  devido  a  "problemas  burocr�ticos" invocados pela autarquia. Prev�-se, agora, que o projecto arranque no pr�ximo ano lectivo.

Em declara��es ao DN
(edi��o  de  28  de  Outubro  de  2000),  o  vereador  da  Educa��o,  Orlando Pereira (PS), anunciara que  a  C�mara  de  Alenquer  estava  pronta  a  assuimir,  a  partir  de 3  de Janeiro, o pagamento dos almo�os dos alunos carenciados do 1.� ciclo e jardins-de-inf�ncia, visando "proporcionar  a  essas  crian�as  uma  alimenta��o  adequada".   A  medida,  que  um  levantamento realizado pela autarquia estimava poder vir a beneficiar cerca  de  300  crian�as,  foi  vista  como  um volte  face dos   respons�veis  municipais.  Estes,  apesar  das   preocupa��es  apresentadas  pelas escolas e das cr�ticas da oposi��o, recusaram-se sempre  a  assumir  responsabilidades na  mat�ria, enquanto o Governo n�o descentralizasse as correspondentes verbas.

Segundo Orlando Pereira, o servi�o - tendo em conta a larga extens�o do territ�rio  concelhio - seria prestado por uma firma de catering, que asseguraria, tamb�m,  o  transporte  das  refei��es  para as escolas e jardins-de-inf�ncia. O projecto  camar�rio,  que  nas  palavras  do  vereador  da  Educa��o levou tr�s anos a ser estudado, foi saudado por todos: oposi��o, pais e professores.

Decorridos mais de tr�s meses sobre o arranque falhado da iniciativa, tem sido evidente  algum  mal-estar em sectores locais. Os professores, que se viram for�ados a dar a cara junto dos pais aquando do levantamento das necessidades, s�o dos mais descontentes, face a interpela��es e  coment�rios desagrad�veis que t�m de ouvir.

No seio da pr�pria maioria socialista, que suporta a  gest�o  do  munic�pio,  t�m-se  ouvido vozes  de insatisfa��o, como a da presidente da Junta de Freguesia de Abrigada.  Manuela  Malhado  insurgiu-se contra o alegado "falhan�o das expectativas criadas pelo pelouro da Educa��o". Os  autarcas  da CDU, que foram os primeiros a acusar a c�mara de "n�o atender �s  necessidades  alimentares  dos alunos carenciados do pr�-escolar e 1.� ciclo,  ao  n�o  dar  cumprimento  ao  Decreto-Lei  399-A/84, prometem, por seu turno, n�o deixar morrer o assunto. O vereador Jos� Manuel Catarino  assegurou ao DN que vai "voltar � carga nas pr�ximas reuni�es do executivo camar�rio, exigindo o cumprimento da legisla��o", pois acredita que "os respons�veis municipais s� fizeram  a  promessa  porque  foram pressionados pela opini�o p�blica e s� v�o cumprir se forem encostados � parede".

O vereador da Educa��o alega que  o  impasse  "deve-se,  fundamentalmente,  ao  facto  de  termos deparado  com   problemas   totalmente   inesperados   ao   n�vel  do   processo  burocr�tico,  j�  que pens�vamos fazer um concurso limitado para escolher a firma que suportar� o projecto. Mas como  a verba envolvida � superior a 15 mil contos, teremos de realizar um concurso p�blico".  Esta situa��o, segundo Orlando Pereira, adv�m de "termos pensado que o valor sujeito a concurso  corresponderia apenas ao montante que a c�mara teria de pagar para os  alunos  realmente  carenciados,  quando, na verdade, �  o  valor  global  que  importa - incluindo,  assim,  os  demais  alunos  interessados  em adquirir, a expensas pr�prias, a  refei��o".   Neste  quadro,  o  autarca  sustenta  que  "�  necess�rio concurso p�blico", o que "exige um prazo da ordem dos seis  meses".  Orlando  Pereira  prefere  n�o apontar nova data para o arranque da iniciativa para "n�o cometer  outra  falha",  mas,  garante,  "no pr�ximo ano lectivo o projecto ser�, certamente, levado � pr�tica".

                                                                                                                                 DN (06MAI2001)

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