Recibo da �gua cresce em Alenquer |
POL�MICA |
Os consumidores do concelho de Alenquer podem ficar assustados com a pr�xima factura da �gua, porque o novo tarif�rio, que coincide com o in�cio da concess�o do servi�o, por 30 anos, a uma empresa privada, passa a incluir a cobran�a de uma taxa complementar de saneamento. Feitas as contas, os mun�cipes poder�o suportar aumentos at� 119 por cento, uma situa��o que para a CDU �� escandalosa�, mas que para a gest�o PS � justific�vel, considerando a aplica��o do princ�pio do poluidor-pagador aos mun�cipes que disp�em de sistemas de esgotos. Uma fam�lia de Alenquer que pagou em m�dia 12 euros de consumo de �gua durante o �ltimo ano, dever� receber em Janeiro uma factura superior a 26 euros, resultante das actualiza��es do pre�o da �gua, do aluguer do contador eda tarifa de recolha e tratamento de res�duos s�lidos, acrescida da taxa de saneamento b�sico. A nova tarifa est� indexada aos valores dos consumos de �gua que decidem os escal�es em que se inserem os consumidores. A concess�o a privados do sistema de abastecimento de �gua, no �mbito do concurso internacional lan�ado, em 2001, pela autarquia, foi contestada, desde a primeira hora, pela CDU local, que diz que os perto de 40 mil consumidores � que �v�o pagar a factura� de uma empresa que visa necessariamente o lucro e prev� aumentos substanciais dos pre�os praticados. A t�tulo de exemplo, o vereador comunista Jos� Manuel catarino refere que, �no primeiro escal�op de consumo, o pre�o da �gua, que era de 0,47 euros por metro c�bico, vai passar a custar mais do dobro (1,03 euros)�. Os respons�veis municipais alenquerenses aguardam com alguma expectativa o impacto da concess�o dos sistemas de �gua e saneamento � nova empresa �guas de Alenquer, constitu�da na sequ�ncia do cons�rcio entre a Aquapor, a AGS e a Constru��es Pragosa, junto da popula��o, principalmente devido � activa��o da taxa de saneamento b�sico, que at� agora n�o era cobrada por op��o camar�ria, e que ser�, em grande medida, a grande respons�vel pelos elevados aumentos. O presidente da C�mara de Alenquer admite que a �factura� m�dia possa aumentar cerca de 72% em 2004, como consequ�ncia da fixa��o da taxa de saneamento que �� impopular mas � obrigat�ria nos termos da Lei das Finan�as Locais�. Sendo certo que apenas cerca de 65% da popula��o beneficia, actualmente, do sistema de saneamento b�sico, �lvaro Pedro ressalva que �s� os mun�cipes que beneficiam de esgotos tratados ir�o contribuir para os encargos de explora��o�. DN (29DEZ2003) |