Ambientalistas contra desvio de solos agr�colas
REVIS�O DO PDM
O eventual processo de desafecta��o de terrenos da Reserva Agr�cola Nacional (RAN) no concelho de Alenquer, que as juntas de freguesia da zona rural reclamam e a c�mara local quer  promover,  merece fortes cr�ticas da associa��o ambientalista concelhia (Alambi), que apela aos  respons�veis  municipais para n�o cederem aos interesses imobili�rios.

Face  �s   pretens�es   avan�adas  pelos   respons�veis   das  freguesias  rurais,  reivindicando  �reas industriais, vias r�pidas e mais constru��o para �permitir um desenvolvimento mais acelerado�,  o  que alegadamente s� ser� poss�vel atrav�s da altera��o da RAN no �mbito  da  revis�o  do  Plano  Director Municipal, a  Associa��o  para  o  Estudo  e Defesa  do  Ambiente  do  Concelho  de  Alequer  exorta  o executivo camar�rio a tomar uma posi��o cautelosa, que tenha em aten��o os interesses do concelho.

Jos� Carlos Morais, presidente da Alambi, acredita que os autarcas da zona rural  �tentam  defender  o melhor que sabem as popula��es que representam� e �se n�o o fazem da  melhor  maneira  �  porque at� hoje nunca se debateu no nosso concelho um modelo e uma estrat�gia  de  desenvolvimento�.  De resto, na sua perspectiva, as condi��es naturais e a localiza��o das freguesias  rurais  como  Ventosa, Vila Verde dos Francos ou Santana da Carnota �n�o s�o  um  problema  mas  a  solu��o�,  j�  que  �a valoriza��o dos recursos existentes � poss�vel e vi�vel em termos econ�micos�.

Defendendo  que  a  �RAN  deve  ser  mantida  inc�lume,  porque  engloba  �reas  de  grande  valor  e import�ncia�,  o  dirigente  ambientalista  alenquerense  admite  que  �possa,  eventualmente,  nalguns casos, justificar-se um pequeno   alargamento   dos   per�metros   urbanos   das   localidades,   mas   � necess�rio estudar que �reas s�o adequadas para esse fim�. Jos� Carlos Morais adverte que �n�o se deve come�ar a urbanizar solos s� para gerar riqueza atrav�s da pr�pria transac��o dos  terrenos�,  e refere que as alternativas passam �pela valoriza��o da vinha, da agricultura biol�gica  e  dos  produtos regionais (artesanato, gastronomia, etnografia), assim como  pelo  turismo  da  natureza  e  do  espa�o rural e pela aposta na recupera��o e reabilita��o do parque urbano das aldeias�.

O presidente da Alambi � de opini�o que os autarcas �devem  reivindicar  melhoria  das  condi��es  na sa�de, saneamento b�sico, educa��o, desporto e cultura� na  �rea  das  respectivas  freguesias,  �em vez de exigirem mais espa�o para as negociatas das imobili�rias�.  �Deixem  esse  papel de  promo��o da constru��o civil, dos parques industriais e  das  vias  r�pidas  por  encomenda,  para  os  interesses reunidos em cons�rcio de bancos,  construtores   e   imobili�rias.   Fica   muito   mal   nos   autarcas   e pessimamente em presidentes de junta�, enfatiza Jos� Carlos Morais.

O presidente da C�mara de Alenquer  n�o   tem   d�vidas   que   ��   preciso   dar   largura   a   alguns aglomerados, e a comiss�o de acompanhamento do PDM tamb�m � sens�vel a isso�.  Contudo,  �lvaro Pedro assegura que �as propostas de altera��o � RAN ser�o devidamente ponderadas e  n�o  haver� desafecta��o generalizada de terrenos�.

                                                                                                                                        DN (27DEZ2003)
�Falta de estrat�gia� na revis�o do PDM

A Alambi afirma-se bastante cr�tica quanto � revis�o do PDM.  Face �  alegada  �falta  de estrat�gia� do processo injiciado em Setembro de  2000,   os   dirigentes   da  organiza��o  ecologista  concelhia sustentam: �corre-se o risco de o mesmo se  transformar  numa  mera  gest�o  de  interesses�.  Jos� Carlos Morais lamenta que   �os   respons�veis   municipais   n�o  tenham  demonstrado,  at�  agora, interesse em ouvir a associa��o sobre mat�rias t�o importantes como aquelas que dizem respeito  ao futuro do concelho�.
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