Alenquer recria cena hist�rica de Bel�m |
TRADI��O |
Cumprindo a tradi��o natal�cia, a vila de Alenquer j� tem montado o seu famoso e renovado pres�pio, composto por figuras com cerca de seis metros de altura, posicionadas no ermo da colina que constitui a denominada �vila alta�. Englobando mais de 20 pe�as representativas das figuras b�blicas, desde o Menino, Maria, Jos� e Reis Magos, at� aos pastorinhos com seus animais, devidamente orientados por dois anjos da guarda, o pres�pio constitui um dos ex-l�bris da vila em tempo de Natal. Ali�s, foi este apreci�vel trabalho que granjeou a Alenquer o bonito ep�teto de Vila Pres�pio, designa��o que vem juntar-se �s refer�ncias de �vila anfiteatro� e de �vila meandro�, qie o ge�grafo Amorim Gir�o lhe atribuiu. Concebido ao gosto dos pres�pios tradicionais portugueses, o pres�pio de Alenquer � realizado h� 35 anos, tendo surgido no �mbito de um conjunto de benfeitorias levadas a cabo na sequ�ncia das dram�ticas e catastr�ficas cheias de Novembro de 1967, que deixaram de luto e em ru�na a zona ribeirinha da vila. Era ent�o presidente da c�mara alenquerense o pintor Jo�o M�rio Aires d'Oliveira, que procurou dar � sua terra adoptiva a beleza e o encanto que ela merecia, nomeadamente com a melhoria da rede de ilumina��o p�blica, incluindo a coloca��o de candeeiros nas principais art�rias e em alguns monumentos: Pa�os do Concelho, Arco da Concei��o, Igreja de S�o Francisco e Igreja de S�o Pedro. Foi neste clima de renova��o que o vereador municipal, D. Jos� de Siqueira, prop�s a ideia de criar um pres�pio monumental, a colocar na encosta virada ao rio. A sugest�o foi recebida entusiasticamente, e desde logo contactado para a concep��o e execu��o deste trabalho art�stico o pintor �lvaro Duarte de Almeida, que, apesar de viver em Lisboa, mantinha uma liga��o sentimental com a vila, onde vivera durante cerca de dez anos. O pres�pio de figuras monumentais, as maiores com cerca de seis metros e a mais pequena atingindo quase metro e meio de altura, baseou-se, segundo o seu autor, �na figura��o da pintura portuguesa dos s�culos XVI e XVII�. Colaboraram nesta obra, executada em madeira, o mestre Duarte de Almeida, que concebeu as figuras e definiu o seu cromatismo, os seus filhos Am�lia e �lvaro, que ent�o frequentavam a Escola de Belas Artes, e o pr�rpio presidente da autarquia e pintor, Jo�o M�rio. Decorridos mais de 30 anos, a ac��o do tempo exerceu os seus efeitos destruidores sobre aquele trabalho art�stico, que recria de uma forma original o Natal de Bel�m, pelo que a c�mara municipal substituiu, h� tr�s anos, as figuras b�blicas por novas pe�as em liga met�lica, mantendo todo o rigor e perfei��o da tra�a primitiva. O estatuto de maior pres�pio do Pa�s foi tamb�m preservado. Ilustrando assim o ep�teto de Vila Pres�pio, Alenquer reconstr�i o Natal para quem o queira apreciar do tro�o do IC2 (antiga Nacional 1). Complementarmente, o casario do centro hist�rico, as ruas e �rvores da vila encontram-se iluminados a preceito, formando um quadro encantador. DN (06DEZ2003) |
Este ano n�o h� fogo-de-artif�cio Devido � crise econ�mica, com naturais reflexos nos cofres da c�mara alenquerense, os respons�veis municipais decidiram n�o realizar este ano o j� tradicional espect�culo de fogo-de-artif�cio com raios laser, numa frente de 300 metros sobre a encosta do monumental pres�pio, na semana antecedente ao Natal. O evento, promovido ininterruptamente desde 1999 pelo pelouro do Turismo da autarquia, tem atra�do todos os anos milhares de visitantes � Vila Pres�pio, que se rendem, maravilhados, � magia de uma noite radiosa, colorida e memor�vel. A bra�os com graves problemas financeiros, a edilidade optou por suspender o original espect�culo pirot�cnico, que, segundo revelou ao DN o presidente do munic�pio, implicaria o disp�ndio de 25 mil euros. �Somos for�ados a fazer cortes or�amentais, mas esperamos reeditar este magn�fico espect�culo j� no pr�ximo ano, pois passou a ser uma imagem de marca do Natal em Alenquer�, justificou �lvaro Pedro. Remonta ao tempo (1295) da Rainha Santa, Isabel de Arag�o, a primeira not�cia de um espect�culo pirot�cnico em Alenquer: nos domingos de Pascoela e Bom Pastor recome�avam as festas do Esp�rito Santo, que s� terminavam pelo Pentecostes e na P�scoa do Esp�rito Santo (Domingo dos Fogar�us). |