Autarca duvida de aeroporto na Ota em 2015
OBRAS P�BLICAS
Cepticismo � o estado de esp�rito dominante na pequena freguesia de Ota, no  concelho  de  Alenquer, localiza��o definida para a constru��o do novo  aeroporto  internacional  de  Lisboa.  As  not�cias  mais recentes do processo, com o titular da pasta das Obras P�blicas dando  como  certa  a  constru��o  do empreendimento em 2015, sem, contudo, ter avan�ado datas para o in�cio das obras,  agravaram  mais o clima de desconfian�a em rela��o � concretiza��o do megaprojecto.

Fazendo eco do sentimento da popula��o, o presidente da Junta de Freguesia  de  Ota  afirma  ao  DN que n�o acredita, �nem de perto nem de  longe,  que  o  aeroporto  esteja  conclu�do  em  2015,  como prometeu o ministro Carmona Rodrigues�. Isto,  �a  n�o  ser  que  aconte�a  uma  desgra�a  -  e  Deus queira que n�o! - na Portela, e s� nesse caso a obra come�a imediatamente�, sustenta Rui Branco.

O autarca socialista diz que �se nota da parte deste Governo que, se pudesse, nunca faria o aeroporto na Ota�. E n�o tem d�vidas de que o pux�o de orelhas  que  o  executivo  PSD/CDS-PP  alegadamente levou da Comiss�o Europeia �� que os fez vir agora a p�blico dar o dito por n�o dito�.

Rui Branco real�a que �o ministro das Obras P�blicas, quando foi ao Bombarral acalmar os �nimos  na regi�o, nunca se comprometeu com o in�cio da obra do futuro aeroporto, tendo apontado  a  conclus�o dos trabalhos para 2015�. O presidente da junta otense n�o  percebe  �como  �  que,  inicialmente,  se dizia que as obras durariam dez anos e  agora  s�  duram cinco.   Como  �?  Estavam  previstos  20  mil trabalhadores em dez anos; e agora em cinco anos v�m quantos? 50 mil?�.

Enquanto vai formulando perguntas ainda  sem  resposta,  Rui  Branco  lamenta  que  �quem  esteja  a pagar a factura sejam as pessoas  que  possuem  o  seu  lote  de  terreno  na  zona  reservada  para  o aeroporto e est�o impossibilitadas de construir, n�o se sabe at� quando�. O problema  est�,  de  resto, segundo o autarca, a condicionar o desenvolvimento da freguesia, situada a 45 quil�metros da  capital, que �j� foi grande quando era atravessada  pela  estrada  nacional  e a base  a�rea  estava  em  plena actividade, estando agora reduzida a 1151 habitantes�. Apesar das  medidas  restritivas  � constru��o, que   incidem   no   corredor   direito  do  IC2,  �h�  perspectivas  de  encetar  o  desejado  crescimento populacional,  com  o   avan�o   da  urbaniza��o  da  Cota,  que  dever�  alojar  meio  milhar  de  novos moradores�, diz o autarca.

                                                                                                                                    DN (16AGO2003)
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