VÍNCULO E AFETIVIDADE:  CAMINHOS DAS RELAÇÕES HUMANAS

Ed. Ágora, 2003

Trechos do PREFÁCIO de Sérgio Perazzo

(médico, psicodramatista) para o livro "Vínculo e Afetividade – Caminhos das Relações Humanas" de Maria da Penha Nery

 

"...É do Planalto Central, neste estado de cultivo e de florescimento, que nos chega a voz e a razão de Maria da Penha Nery.

Vínculo e afetividade marca, para mim, justamente a passagem de um estado de pequenos canteiros plantados esparsos na poeira vermelha do conhecimento psicodramático, para o de um jardim pleno da integração das suas múltiplas articulações teóricas...

...Para meu espanto e surpresa, Maria da Penha Nery não só emerge incólume desta tarefa exaustiva, quase uma teia de Penélope, como, com este livro, consegue circunscrever aquilo que é realmente essencial na teoria de Moreno, sem esquecer, em nenhum momento, de dispensar o cuidado obrigatório e necessário a ser dado às contribuições decisivas dos psicodramatistas pós-morenianos nesta construção teórica.

...O produto final... é um livro bem continuado, no sentido de sua coerência teórica e fidelidade aos princípios da teoria do psicodrama...

...O enfoque do psicodrama é e sempre foi o vínculo... O que surpreende, sabendo disso tudo e do quanto vínculo e afetividade andam juntos e dependem um do outro, é que ninguém até agora tenha se preocupado, na produção científica psicodramática, em juntá-los especificamente, compondo uma sistematização pertinente e obrigatória. Estávamos em falta. Ficávamos devendo.

Não estamos nem ficamos mais.

Este livro da Penha, como nós a chamamos carinhosamente no meio psicodramático, veio, oportunamente, preencher esta lacuna do psicodrama....

...O estudo da afetividade permitiu que Maria da Penha introduzisse um novo conceito no psicodrama, a que chamou de lógica afetiva de conduta, uma pedra de toque, uma pérola teórica que complementa e elucida com raro brilhantismo a noção psicodramática de transferência....

...Leiam e estudem o capítulo 2, onde ela introduz a novidade, que continua de braços dados com outros conceitos na continuação do livro, e vejam se eu não tenho razão. É a própria alma e essência deste livro, à qual consegue agregar as variações e modalidades vinculares, a patologia dos vínculos, o papel do co-inconsciente moreniano no ato de vincular-se e as relações de poder que decorrem de tudo isso...

... Este é o florescimento que Maria da Penha Nery nos aponta com o seu regador de esperança, bem no meio do Planalto Central.

 

Sergio Perazzo

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