A unidade de feedback
(resposta) ao ambiente
A
Unidade de Aprendizado
A unidade de
aprendizado é a chave para a compreensão da máquina
de crenças. Ela está ligada à
arquitetura física do cérebro e do sistema
nervoso, e devido a sua natureza, estamos condenados a um
processo virtualmente automático de pensamento mágico.
"Pensamento mágico" é a interpretação
de dois eventos próximos como sendo causa e efeito,
sem nenhuma preocupação com o vínculo
causal. Por exemplo, se você acredita que cruzar os
dedos dá boa sorte, você associa o fato de
cruzar os dedos com um subsequente evento favorável e
estabelece um vínculo causal entre eles.
Nosso cérebro e
nosso sistema nervoso evoluíram ao longo de milhões
de anos. É importante perceber que a seleção
natural não seleciona diretamente de acordo com a razão
ou a verdade, ela seleciona de acordo com o sucesso
reprodutivo. Nada em nosso aparelho cerebral dá um
valor especial à verdade. Imagine um coelho na grama
alta, e lhe conceda por um instante um grão de
intelecto consciente e lógico. Ele ouve um ruído
suave na grama, e tendo aprendido no passado que isso
eventualmente é o sinal de uma raposa com fome, o
coelho se pergunta se é uma raposa mesmo desta vez ou
se uma lufada de ar causou causou o ruído. Ele espera
por evidências mais conclusivas. Embora motivado pela
busca da verdade, esse coelho não sobrevive por muito
tempo. Compare esse falecido coelho com um outro, que
responde ao ruído com uma forte reação
do sistema nervoso autônomo e foge o mais rapidamente
possível. Este tem mais chances de sobreviver e se
reproduzir. Portanto, buscar a verdade nem sempre favorece a
sobrevivência, e fugir baseado em uma crença
errônea nem sempre é ruim. No entanto, embora
essa estratégia possa dar certo na vida selvagem, ela
pode ser bastante perigosa na era nuclear.
A unidade de
aprendizado é tal que se aprende muito rapidamente
pela associação de dois eventos significativos
-- como encostar em um forno quente e sentir dor. Associações
significativas produzem um efeito duradouro, enquanto a
desassociação dos mesmos eventos é
muito menos importante. Se uma criança encostasse em
um forno e se queimasse, e depois se encostasse de novo e não
se queimasse, a associação entre dor e forno não
seria automaticamente desaprendida. Essa assimetria básica
-- a associação de dois estímulos tem
um efeito importante, enquanto que apresentar os estímulos
desassociados (ou seja, individualmente) tem um efeito muito
menor -- é importante para a sobrevivência.
Essa assimetria no
aprendizado também está subjacente ao erro que
tinge nossos pensamentos sobre eventos que ocorrem juntos de
tempos em tempos. Os humanos são muito ruins em
julgar com precisão a relação entre
eventos que só ocorrem juntos de vez em quando. Por
exemplo, se pensamos no tio Alfredo e ele nos telefona
alguns minutos depois, pode parecer que isso exige uma
explicação em termos de telepatia ou precognição.
No entanto, só podemos avaliar adequadamente as
co-ocorrências desses eventos se também
considerarmos o número de vezes que pensamos no tio
Alfredo e ele não ligou, ou no número de vezes
em que não pensamos mas ele ligou mesmo assim. Essas últimas
circunstâncias -- esses não-pareamentos -- têm
muito pouco impacto no nosso sistema de aprendizado. Por
sermos superinfluenciados pelos pareamentos de
acontecimentos significativos, inferimos uma associação
entre os eventos, até mesmo causal, mesmo quando não
há nenhuma. Assim, por acaso alguns sonhos podem
corresponder aos eventos subsequentes muito raramente, e
mesmo assim essa conexão pode ter um efeito dramático
na crença. Ou sentimos que está vindo um
resfriado, tomamos vitamina C, e quando se percebe que o
resfriado não era tão forte inferimos uma
conexão causal. O mundo à nossa volta está
repleto de acontecimentos coincidentes. Alguns deles têm
significado mas a vasta maioria não tem. Isso fornece
solo fértil para o crescimento de crenças
falaciosas. Nós aprendemos prontamente que existem
associações entre eventos, mesmo quando elas não
existem. Freqüentemente somos levados por eventos
co-ocorrentes a inferir que o primeiro deles de alguma
maneira causou o que o sucedeu.
Temos tendência
ainda maior ao erro quando estão envolvidos eventos
raros ou emocionalmente carregados. Sempre estamos
procurando por explicações causais, e tendemos
a inferi-las mesmo quando elas não existem. Você
poderia ficar intrigado ou até mesmo muito incomodado
se ouvisse um barulho alto na sua sala mas não
encontrasse nenhum motivo para ele.
A
Unidade de Pensamento Crítico
A unidade de
pensamento crítico é o segundo componente da máquina
de crenças, e é adquirida -- adquirida através
da experiência e do aprendizado explícito.
Devido à arquitetura do sistema nervoso que descrevi,
nós nascemos para pensar magicamente. A criança
que sorri logo antes de o vento mover o móbile acima
dela sorrirá novamente muitas vezes como se o sorriso
tivesse magicamente causado o movimento desejado do móbile.
Precisamos trabalhar para superar essa predisposição
mágica, e nunca o conseguimos por completo. É
pela experiência e ensino direto que entendemos os
limites de nossas interpretações intuitivas mágicas
imediatas. Pais e professores nos ensinam a lógica, e
uma vez que ela nos ajuda bastante, a usamos quando parece
apropriado. De fato, o paralelo cultural desse processo de
desenvolvimento é o progresso do método formal
de investigação lógica e científica.
Percebemos que não podemos confiar em nossas inferências
automáticas sobre co-ocorrências e causalidade.
Aprendemos a usar
testes simples de razão para avaliar eventos à
nossa volta, mas também aprendemos que certas classes
de eventos não devem ser sujeitas à razão
mas aceitas por fé. Toda sociedade ensina coisas
transcendentais -- fantasmas, deuses, bicho-papão e
assim por diante; e freqüentemente nos dizem
explicitamente para ignorar a lógica e aceitar tais
coisas por fé ou baseados nas experiências de
outras pessoas. Quando chegamos à vida adulta,
podemos responder a um evento de forma lógica e crítica
ou experimental e intuitiva. Os eventos em si é que
freqüentemente determinam como respondemos. Se eu lhe
dissesse que fui para casa ontem e encontrei um hipopótamo
na minha sala, seria mais provável que você
risse do que acreditasse em mim, embora certamente não
haja nada de impossível nesse evento. Se, por outro
lado, eu lhe dissesse que entrei na sala e me assustei com
um brilho estranho na cadeira do meu falecido avô, e
que a sala esfriou, seria menos provável que você
não acreditasse e mais provável que se
interessasse e escutasse os detalhes, talvez suspendendo o
julgamento afiado que usaria na história do hipopótamo.
Às vezes emoções fortes interferem na
aplicação do pensamento crítico. Em
outras somos enganados com muita esperteza.
A racionalidade freqüentemente
está em desvantagem em relação ao
pensamento intuitivo. O falecido psicólogo Graham
Reed usava o exemplo da falácia do apostador: suponha
que você esteja observando um jogo de roleta. Saiu
preto dez vezes seguidas, e uma poderosa sensação
intuitiva cresce em você, dizendo que logo deve sair
vermelho. Não pode sair preto para sempre. Mas sua
mente racional diz que a roleta não tem memória,
que cada resultado é independente dos anteriores.
Nesse caso, a luta entre intuição e
racionalidade nem sempre é ganha pela racionalidade.
Notem que podemos
ligar ou desligar a unidade de pensamento crítico.
Como já comentei, podemos desligá-la
completamente ao lidar com assuntos religiosos ou
transcendentais. Às vezes, nós a ligamos
deliberadamente: "peraí, tenho que pensar nisso",
é o que podemos nos dizer quando alguém tenta
tirar dinheiro de nós por uma causa aparentemente
boa.
A
Unidade do Desejo
O aprendizado não
acontece num vácuo. Nós não somos
receptores passivos de informação. Nós
buscamos informações ativamente para
satisfazer nossas necessidades diversas. Podemos desejar
achar um sentido na vida. Podemos desejar um sentimento de
identidade. Podemos desejar nos curar de alguma doença.
Podemos desejar estar em contato com entes queridos que já
morreram.
Geralmente nós
desejamos para diminuir nossa ansiedade. As crenças,
sejam falsas ou não, podem suavizar esses desejos.
Freqüentemente, crenças que podem ser chamadas
de irracionais pelos cientistas são as mais
eficientes na suavização desses desejos. A
racionalidade e a verdade científica têm pouco
a oferecer para a maior parte das pessoas em termos de
remediar suas ânsias existenciais. No entanto, as crenças
em reencarnação, intervenção
supernatural, e vida eterna podem superar essa ansiedade em
certo grau.
Quando mais desejamos,
quando estamos com mais necessidade é que somos mais
vulneráveis a crenças falaciosas que podem
servir para satisfazer aqueles desejos.
A
Unidade de Entrada
As informações
entram na máquina de crenças às vezes
na forma de experiências sensoriais diretas e às
vezes na forma de informações codificadas e
organizadas que se ouve no boca-a-boca, lê em livros
ou vê em filmes. Nós somos ótimos para
detectar padrões, mas nem todos os padrões que
detectamos têm sentido. Nossos processos de percepção
trabalham para dar sentido ao ambiente à nossa volta,
mas eles fazem sentido -- percepção não
é a reunião passiva de informações,
mas a construção ativa da representação
do que acontece no nosso mundo sensorial. Nosso aparato
perceptivo seleciona e organiza informações do
ambiente, e esse processo está sujeito a muitos tipos
de viés bem conhecidos que podem levar a crenças
distorcidas. De fato, somos menos influenciáveis por
informações que já não
correspondam a crenças profundas. Assim, o devoto
cristão pode estar muito bem preparado para ver a
Virgem Maria; informações ou experiências
perceptivas que sugerem que ela apareceu podem ser aceitas
mais facilmente sem exame crítico do que por alguém
que fosse ateísta. Similarmente acontece com experiências
que podem ser consideradas de natureza paranormal.
A
Unidade de Resposta Emocional
Experiências
acompanhadas de fortes emoções podem deixar
uma crença inabalável em qualquer explicação
que o indivíduo tenha recebido na época dos
fatos. Se alguém está envolvido em um aparente
caso de telepatia ou OVNI, então os pensamentos
posteriores podem muito bem ser dominados pela consciência
de que a reação emocional foi intensa, levando
à conclusão de que alguma coisa incomum
realmente aconteceu. E as emoções por sua vez
podem afetar diretamente tanto a percepção
como o aprendizado. Algumas coisas podem ser interpretadas
como bizarras ou incomuns devido às respostas
emocionais que elas desencadeiam.
Há crescentes
evidências de que nossas respostas emocionais podem
ser desencadeadas por informações do mundo
exterior mesmo antes de termos consciência de que algo
aconteceu. Veja esse exemplo, exposto por LeDoux (1994) em
seu recente artigo na Scientific
American (1994, 270, pp. 50-57):
Uma mulher está
caminhando na floresta quando recebe a informação
-- auditiva, como o farfalhar de folhas, ou visual, como a
forma de um objeto delgado e curvo no chão -- que
dispara uma reação de medo. Essa informação,
mesmo antes de chegar ao córtex, é
processada na amígdala, que excita o corpo para um
passo de alarme. Um pouco depois, quando o córtex já
teve tempo suficiente para decidir se o objeto é
mesmo uma cobra ou não, esse processamento
cognitivo de informação aumentará a
resposta de medo e o correspondente comportamento de fuga,
ou neutralizará aquela resposta.
Isso é
relevante para o entendimento das experiências
paranormais, pois freqüentemente uma experiência
emocional acompanha a suposta experiência paranormal.
Uma forte coincidência pode produzir um "zap"
emocional que aponta para uma explicação
paranormal, porque eventos normais não produziriam
tal emoção.
Nossos cérebros
também são capazes de gerar incríveis e
fantásticas experiências perceptivas para as
quais raramente estamos preparados. experiências fora
do corpo (Out of Body Experiences -- OBEs), alucinações,
experiências de quase-morte (EQMs ou Near-death
Experiences -- NDEs), experiências de pico -- todas
elas provavelmente se baseiam não em alguma realidade
externa transcendental mas no próprio cérebro.
Nem sempre conseguimos distinguir o material que vem do próprio
cérebro do material que vem do mundo externo, e
portanto podemos atribuir falsamente ao mundo externo as
percepções e experiências criadas dentro
do cérebro. Temos muito pouco treinamento em relação
a essas experiências. Na infância, aprendemos a
não confiar, via de regra, em sonhos e pesadelos.
Nossos pais e nossa cultura nos dizem que eles são
produto de nossos cérebros. Não estamos
preparados para experiências mais misteriosas, como
OBEs, alucinações, EQMs ou experiências
de pico, e podemos estar tão despreparados que somos
engolfados pela emoção e a vemos como
profundamente significativa e "real" quer ela seja
mesmo ou não.
Ray Hyman sempre
lembrou aos céticos que não se surpreendessem
caso um dia tivessem uma experiência emocional muito
forte que parecesse exigir uma explicação
paranormal. Dada a maneira com que nossos cérebros
funcionam, deve-se esperar tais experiências de tempos
em tempos. Se estivermos despreparados, elas podem se tornar
experiências de conversão que levam a fortes
crenças. Quando eu estava na faculdade, certo dia um
colega com quem eu dividia meu escritório e que era tão
cético quanto eu em relação ao
paranormal, veio para a aula dominado pelo realismo e
clareza de um sonho que ele tivera na noite anterior. No
sonho, seu tio em Connecticut havia morrido. Tinha sido um
sonho muito emocional, e era tão chocante que Jack me
contou que se o seu tio morresse pouco depois daquilo, ele não
conseguiria mais manter seu ceticismo sobre precognição.
A experiência do sonho tinha sido realmente poderosa.
Dez anos depois, o seu tio ainda estava vivo, e o ceticismo
de Jack sobreviveu intacto.
A
Unidade de Memória
Em virtude de nossas
próprias experiências, acreditamos na
confiabilidade de nossa memória e em nossa capacidade
de julgar se uma lembrança é confiável
ou não. Contudo, a memória é mais um
processo construtivo que uma apresentação
literal de experiências passadas, e as memórias
estão sujeitas a um forte viés e distorções.
A memória não
somente envolve a si mesma no processamento das informações
que chegam e na moldagem de crenças; ela própria
também é fortemente influenciada pelas percepções
e crenças correntes. Ainda assim, é muito difícil
que um indivíduo rejeite os produtos de sua própria
memória, já que a memória pode parecer
tão "real".
A
Unidade de Feedback (Resposta) ao Ambiente
As crenças nos
ajudam a funcionar. Elas guiam nossas ações e
aumentam ou reduzem nossas ansiedades. Se agimos a partir de
uma crença e ela "funciona" para nós,
mesmo sendo falsa, por que a mudaríamos? O feedback,
ou retorno, do mundo externo reforça ou enfraquece
nossas crenças, mas já que as crenças
em si influenciam como o feedback é percebido, as
crenças podem se tornar bastante resistentes a
informações e experiências contrárias.
Se você realmente acredita que ETs raptam pessoas, então
qualquer evidência contrária pode ser mascarada
por uma explicação supostamente racional -- em
termos de teorias conspiratórias, ignorância
alheia ou o que for.
Como mencionei, crenças
falaciosas freqüentemente podem ter mais valor
funcional que aquelas baseadas na verdade. Por exemplo,
Shelley Taylor, em seu livro Positive Illusions, relata
pesquisas que mostram que pessoas suavemente deprimidas freqüentemente
são mais realistas a respeito do mundo do que pessoas
felizes. Pessoas emocionalmente saudáveis vivem, até
certo ponto, construindo crenças falsas -- ilusões
-- que reduzem a ansiedade e auxiliam o bem-estar, enquanto
indivíduos deprimidos em certo grau vêem o
mundo com mais realismo. Pessoas felizes talvez subestimem
as chances de contraírem câncer ou serem
mortas, e talvez evitem pensar na realidade última da
morte, enquanto pessoas deprimidas podem ser muito mais
realistas em relação a essas questões.
Uma maneira importante
de checar nossas crenças e percepções é
compará-las com as crenças e percepções
de outros. Se eu sou o único que interpretou o brilho
estranho como uma aparição, é mais provável
que eu reconsidere essa interpretação do que
se várias outras pessoas tiverem a mesma impressão.
Nós freqüentemente procuramos pessoas que
concordam conosco, ou escolhemos livros seletivamente para
apoiar nossas crenças. Se a maioria duvida de nós,
então mesmo sendo somente parte de uma minoria nós
podemos trabalhar coletivamente para dissipar a dúvida
e achar a certeza. Podemos invocar conspirações
e casos abafados para explicar a ausência de evidências
confirmatórias. Podemos conseguir inculcar nossas
crenças em outros, especialmente crianças.
Crenças comuns podem promover solidariedade social e
até uma sensação de importância
para o indivíduo e o grupo.
Conclusão
As crenças são
geradas pela máquina de crenças sem qualquer
preocupação automática pela verdade. A
preocupação com a verdade é de uma
orientação cognitiva adquirida de ordem
superior que reflete uma filosofia subjacente que pressupõe
uma realidade objetiva que nem sempre é percebida por
nossos sentidos.
A máquina de
crenças segue fazendo barulho, reforçando
velhas crenças, cuspindo novas, raramente descartando
alguma. Às vezes vemos os erros ou bobagens nas crenças
de outros. Mas é muito difícil ver o mesmo em
nossas próprias crenças. Acreditamos em todo
tipo de coisas, abstratas e concretas: na existência
do sistema solar, de átomos, pizzas, e restaurantes
cinco estrelas em Paris. Essas crenças não são
diferentes em princípio das crenças em fadas
na beira do jardim, em fantasmas em igrejas desertas, em
lobisomens, conspirações satânicas,
curas milagrosas e assim por diante. Todas elas são
similares na forma, todas resultados do mesmo processo,
apesar de diferirem muito em conteúdo. Elas podem,
contudo, envolver mais ou menos as unidades de pensamento crítico
e de resposta emocional.
Pensamento crítico,
lógica, razão, ciência -- essas são
expressões que se aplicam de uma maneira ou de outra à
tentativa deliberada de expulsar a verdade da confusão
da intuição, percepção
distorcida e da memória falível. O verdadeiro
pensamento crítico poucas pessoas chegam a aceitar --
aquele que não aceita rotineiramente as percepções
e memórias. Criações da nossa imaginação
e reflexos de nossas necessidades emocionais freqüentemente
interferem com ou suplantam a percepção de
verdade e realidade. Ensinando e encorajando o pensamento crítico
nossa sociedade se afastará da irracionalidade, mas
nunca teremos sucesso completo em abandonar tendências
irracionais devido à natureza básica da máquina
de crenças.
A experiência
freqüentemente é uma ferramenta pobre na busca
da realidade. O ceticismo nos ajuda a questionar nossas
experiências e evitar ser levado a crer no que não
é verdadeiro. Devemos tentar nos lembrar das palavras
no falecido P. J. Bailey (em Festus: A Country Town):
"Onde há dúvida, está a verdade --
pois é sua sombra." ("Where doubt, there
truth is -- 'tis her shadow.")