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Nada melhor do que a liberdade
Gibrail Waltrick

Tudo começou em 97 quando me converti na igreja Batista; nos primeiros seis meses não houve nada de mais; mas vinha vida começou a mudar quando, pela motivação do amor bíblico, me apaixonei por uma menina e fiquei assim por um ano, crendo que a converteria e namoraria com ela; perdi duas gurias, sendo uma namorada e acabei entrando em deprê em maio de 98. Saí dessa seis meses depois, mas me sentia triste pois não tinha namorada. No final deste ano,voltei a me masturbar vendo revistas e filmes eróticos; mas é claro,a minha consciência me atordoava.

Em B.Camboriú fiquei com uma gata que conheci, e óbvio, sentia tesão por ela, mas eu frequentava uma igreja lá enquanto estava na cidade e ia quase todos os dias, o que fazia minha consciência ser um fardo monstruoso; realmente,a religião é uma droga e uma vez viciado, você morre de medo de viver sem.

Logo que voltei pra cá tentei me libertar dessa opressão, uma masturbação aqui, uma menina não evangélica alí, carnaval acolá, mas ainda me sentia obrigado a ir na igreja. Quando estava lá, torcia para ir pra casa logo e tirar aquela máscara de crente. Logo depois em abril de 99, decidi me afastar da igreja; mas em maio deste ano, fiquei deprimido de novo. Sentia-me um fracasso e acabei conhecendo uma denominação chamada CEI(Centro de evangelização integrada),que por desgraça se mudou para perto de minha casa. Conheci uma menina e acabei contando para uma outra de lá que eu gostava dela; porém, ela contou pra muita gente. A guria soube, apesar de me enganar achando que não. Um dia, viajei para Itajaí para uma reunião na grande sede estadual. Me sentia mal dentro da igreja, me sentia triste lá; pra mim, foi a pior viagem que fiz em toda minha vida. Um dia, tive que confessar pra esta menina que gostava dela, e ela "só" não me quis porque ela adoraria namorar e se casar com um rapaz virgem como ela.(Britney Spears,não)?

Me senti tão arrasado que cheguei a ir pra aula no dia seguinte bêbado e minha mãe teve que me trazer de volta.Mas mesmo assim, o maldito vício cristão falava mais alto e continuava indo, achando que um dia resolveria aquilo. Quando pegava o ônibus para ir até lá, costumava falar do amor de jesus para as pessoas que sentavam ao meu lado,apesar de não estar bem nem comigo mesmo! Um dia, decidi acabar com tudo e hoje não frequento mais essa maldição! Minha raiva do evangelho é tanta que já queimei e me masturbei em cima de duas bíblias. Enfim, nada melhor do que a liberdade e devo aproveitá-la ao máximo; e felizmente, isso estou fazendo!!

Aí vai uma listinha do que eu já passei por ser crente:

  1. Eu orava todas as manhãs 15,20 minutos antes de me arrumar para ir para o colégio,e chegava normalmente atrasado;
  2. Era vigiado constantemente por ser crente e se falava um palavrãozinho tipo "merda!",era sacaneado com dizeres do tipo "E ainda diz que tem Jesus no coração!";
  3. Em maio de 1998 eu li em Mateus que a blasfêmea contra o Espírito santo (este babaca) não tem perdão; depois disto, entrei em depressão profunda, pois eu tinha medo de ter blasfemado, ainda que mentalmente e não sabia; ia em churrascos da família, na igreja e vivia nesse terror constante até outubro ou novembro do mesmo ano.
  4. Saia todas as tardes das 3 até às 4 da tarde para evangelizar as pessoas na rua e não conseguia converter ninguém (ainda bem) e me sentia inferiorizado quando ouvia "irmãos" da época dizendo "Oh, eu consegui tal pessoa para Jesus!" Se bem que hoje eu fico é satisfeito por ninguém ter se convertido com minha insanidade na época;
  5. Me sentia obrigado a ler pelo menos quatro capítulos da bíblia por dia e uma vez para pagar um pecadinho que não lembro, me obriguei á ler 20 salmos numa mesma noite...fiquei duas horas lendo a porcaria da bíblia!
  6. Em 1999 conheci uma menina em B.Camboriú e acabamos ficando, mas eu ia em uma igreja batista pentecostal lá e para variar,minha consciência me atormentou, apesar de me sentir atraído por ela. Nesta igreja, eu me sentia culpado e achava que Deus me mataria a qualquer momento,se eu cometesse um pecadinho sequer;
  7. Já estava descrendo no evangelho e me sentia obrigado a ir a igreja nas quintas e domingos; eu odiava Deus e a igreja, tanto que quando o pastor pregava eu pensava em outros assuntos e torcia para que o culto terminasse e eu voltasse para minha casa. Eu já nem saía mais com a bíblia na mão por quê não aguentava mais aquela máscara de crente. Eu odiava aquela hipocrisia e falsidade; foi ela que me privou de tudo o que sei e tenho hoje, me sentia como a antiga URSS sob o jugo dos marxistas, pois não tinha liberdade para pensar por mim mesmo.

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