O rádio, de modo especial o AM, sofreu profundas modificações ao longo de sua história. Primeiro, encontrou um adversário dentro dele mesmo, a medida que foram surgindo novas emissoras concorrentes. Como era preciso ter audiência, o negócio foi diversificar. É esta a razão de existir tantas e tão diferentes formas de programação nas emissoras.
O segundo impacto que o rádio sofreu, foi a televisão que surgiu, no Brasil, em 1950 quando da inauguração, em São Paulo, da TV Tupi.
O terceiro foi o surgimento do sistema FM.
Assim mesmo, o rádio alcançou grandes progressos em sua curta existência. A válvula eletrônica descoberta em 1904, que serviu durante anos e anos para os receptores, já estava em plena decadência e, aos poucos foi completamente abandonada.
Os gastos de energia, ruídos, tamanho e aquecimento, fizeram desaparecer os velhos receptores.
Em 1947, surgiu o transistor. Parecia um verdadeiro milagre e foi a salvação do rádio.
Com a nova descoberta, os receptores ficaram menores, diminuindo o preço e aumentando, consideravelmente, o número.
Além disso, o receptor saiu da sala, foi para a cozinha, para o campo e para o trabalho. O usuário deixou de ir ao rádio e o rádio foi com o usuário.
A diminuição do tamanho e as novas formas de alimentação dos receptores serviu para facilitar a utilização desses aparelhos.
Em 1964, foi descoberto o circuito integrado, isto é, um pequeno componente composto de uma série de peças isoladas, como diodos, resistores, capacitores e outros, capazes de realizar uma série de funções e constituído de uma única peça de tamanho reduzido.
O transmissor e o CI, bem como a redução de tamanho e as facilidades de alimentação foram as alternativas encontradas para valorizar o referido meio de comunicação. Hoje, usa-se rádio em qualquer lugar e isto significa mudanças, progresso e novos campos de trabalho para ele.
O surgimento de um grande número de emissoras obrigou a muitas delas buscar novas formas de programação. A forte concorrência fez com que algumas, especialmente as localizadas em centros maiores e, de tamanho menor, vivessem a tocar musicas de sucesso, sem outras preocupações. Algumas emissoras foram até chamadas de "vitrolões", porque passavam o dia tocando música.
Colaboração de Ivan Dorneles Rodrigues - PY3IDR
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