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BLIND PIGS


Verão de 93, eu (Henrike) e o Gordo decidimos montar uma banda de punk rock, influenciados pelo que ouvíamos na época : Stiff Little Fingers, The Clash, Sex Pistols, Dead Kennedys, Ramones, entre outros. Nosso amigo Laranja iria aprender a tocar bateria, o Gordo já sabia tocar guitarra e eu ia aprender a tocar baixo. Nunca aprendi a tocar, então chamamos o Dirceu, um baixista fã de Discharge e autor do clássico Rotten Generation. Começamos ensaiando na cozinha dos punks Hard Life, de Barueri. Nosso primeiro show foi em Barueri, grande São Paulo, em 5 de maio de 93, com as bandas punks locais Hard Life, Narcose e os rockabilies Folgatos.
Logo depois o Laranja foi chutado da banda, porque não queria acordar cedo e pegar o ônibus todo domingo de manhã para ensaiar. Eis que surge Doni, um punk mala de trinta e poucos anos que também não durou muito. Um belo dia o cara desapareceu do mapa. Parece que a polícia estava atrás dele por agressão. Ele nos apresentou várias bandas punks européias que aprendemos a amar, como Asta Kask, Lost Lyrics, Upright Citizens, Sötlimpa, Toxoplasma e inúmeras outras.
Após o desaparecimento do Doni, recrutamos Vônei para ocupar a batera e colocamos uma segunda guitarra à cargo de Mauro, que já ia em todos os shows e estava aprendendo a tocar para entrar na banda. No final de 93 decidimos que era hora de gravar uma demo. Embaixo de um sol escaldante, no quintal de um cara em Barueri que mais parecia um ferro velho, com umas caixas de retorno enormes e toscas do nosso lado, gravamos nossa primeira demo. Totalmente ao vivo. Totalmente lixo. Totalmente punk. A lendária "Blind Pigs". Alguns meses depois, o Dirceu saiu e o Vonêi resolveu se embrenhar em Ilha Solteira, no Mato Grosso do Sul.
Durante o ano de 94 tocamos alguns shows memoráveis no extinto Aeroanta. Um deles com os veteranos do Cólera e do Invasores de Cérebros. O show teve a participação da tropa de choque da Polícia Militar, que invadiu a casa para conter os punks que surravam os seguranças. Esse ano trouxe a formação mais duradoura que já tivemos: Henrike no vocal, Gordo e Mauro nas guitarras, Fralda no baixo e Ricardo na bateria.
Dezembro de 94. Hora de gravar uma demo tape decente, em um estúdio decente. Nasce então a demo "Sweet Fury". A demo recebeu ótimas críticas e foi lançada pelo nosso próprio selo Sweet Fury Tapes. Quase um ano depois de "Sweet Fury", mais precisamente em setembro de 95, gravamos a demo "Lost Cause", também lançada pela SFT. Outra boa demo com músicas como "Pay To Play". Algumas cópias vieram com três faixas bônus : "Religion Is Commerce", "Urban Paranoia" e "Friendly Fire". No estúdio conseguimos massacrar "Direitos Humanos", do Cólera, que nunca foi lançada.
Ambas as fitas já estão fora de catálogo, mas algumas faixas estão presentes no CD "The Punks are Alright".
A gravadora americana GRITA!, especializada em punk rock e música alternativa latina, também gostou das nossas demos. E em Junho de 96, começamos a gravar nosso primeiro disco, "São Paulo Chaos", produzido por Mingau (ex - Ratos de Porão) e Jay Ziskrout (ex - Bad Religion).
"São Paulo Chaos" foi gravado com um baterista profissional amigo do Mingau, Arnaldo Roganno, que acabou entrando na banda depois das gravações. Ricardo largou a banda para poder ter mais tempo para surfar.
Mauro agora resolve sair e em seu lugar entra Luciano. Entramos em estúdio novamente para gravar cinco covers, todos incluídos no CD "The Punks Are Alright".
"São Paulo Chaos" foi lançado na Europa e EUA pelo GRITA!, no Japão pela Alfa Music e no Brasil pela Paradoxx, no meio de 97. Em outubro alugamos uma van e pegamos a estrada na "Brazil Chaos Tour". Uma viagem de vinte dias pelo Brasil, passando por Santos(SP), Rio de Janeiro(RJ), Vitória(ES), Belo Horizonte(MG), Brasília(DF), Goiânia(GO), Ilha Solteira(SP), Ponta Grossa(PR), Curitiba(PR), Londrina(PR) e Guaramirim(SC). Arnaldo estava ocupado com suas outras bandas, então chamamos o Kléber. De roadie levamos o Tatú, da banda skate-punk ACCME, um skater com cara de psicopata e uma tatuagem do Capitão Feio. Foi uma puta turnê ! Conhecemos várias pessoas e tocamos com ótimas bandas como : Primal Therapy, Mukeka di Rato, Dead Fish, Confusion e várias outras. Quase fomos presos pela Polícia Rodoviária Federal em Parati (RJ) por carregar substâncias ilegais. Resultado, perdemos o show do Rio. Quase levamos bala da PM de Vitória que nos confundiram com ladrões de banco. Fomos convidados para uma festa em uma chácara em Ilha Solteira, onde uns moleques locais apareceram do nada e pediram para ter o cabelo punk. Cortamos, é claro. Em outras palavras, caos.
Depois da turnê tocamos alguns ótimos shows em São Paulo. O melhor deles com o Gritando H.C. Mas no início de 98, Fralda sai da banda para tocar no Ratos de Porão.
Eu e o Gordo decidimos então dar um tempo. Em Abril, recebi um telefonema da gravadora alemã Nasty Vinyl convidando o Blind Pigs para participar de um CD tributo ao Ramones, e na mesma semana, um telefonema do Grita!, para participar da coletânea Skaliente (com Rancid, Voodoo Glow Skulls, Hepcat, etc...).
Viver sem a banda estava difícil e esses telefonemas foram a uma ótima desculpa para o Blind Pigs voltar dos mortos. Com Henrike no vocal, Gordo na guitarra e baixo e Arnaldo na bateria, gravamos "KKK" e "Revolution Rock". Resolvemos agendar uns shows e convidamos nosso amigo Pablo para assumir a Segunda guitarra. Com essa formação, sem um baixista fixo, sobrevivemos durante 98 e 99.
Em 99 entramos no estúdio de nosso amigo Bilau (baixista do Not the Sane) e gravamos uma demo com músicas novas, entre elas "Sete de Setembro" e "Borderline" (ouça esses sons no link MP3 do site).
Além de gravar o baixo nessa demo, Bilau também tocou com a gente em dois shows.
2000, o ano começa bem com a entrada do nosso ex-guitarrista Mauro no baixo e o lançamento do CD "The Punks Are Alright" pelo nosso próprio selo SWEET FURY RECORDS, totalmente no espírito faça você mesmo. Os shows estão melhores do que nunca, a formação parece que se estabilizou e 2000 promete ser o ano, é esperar para ver.
Bom espero não ter entediado vocês até a morte com esta biografia. Um abraço especial a todos nossos fãs.
Henrike
Ex-Pigs
Quem já passou pela experiência Blind Pigs
Laranja (batera) Doni (batera) Dirceu (baixo) Vônei (batera) Gean (baixo) Ricardo (batera) João Paulo (batera) Fralda (baixo) Luciano (guitarra - também segurou o baixo em um show em 99) Arnaldo (batera) Spencer (baixo) William (baixo) Fabiano (baixo) Bilau (baixo) Tito (do Holly Tree - segurou o baixo em um show em 99).

Texto tirado da Página do BLIND PIGS, valeu pelo apoio!


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(http://www.blindpigs.com.br)

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