Teixeira admite doações da CBF para campanha de parlamentares

da Folha Online

O presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, confirmou hoje, em depoimento à CPI da CBF-Nike, instalada na Câmara dos Deputados, que a entidade fez doações para campanhas eleitorais de parlamentares em 1998, apesar de, segundo o dirigente, sofrer déficit em suas contas.

Entre os beneficiados pelas doações estão os deputados Eurico Miranda (PPB-RJ) e Darcísio Perondi (PMDB-RS), que compõem a CPI. Pelo menos outros oito candidatos foram financiados: os deputados Delfim Neto (PPB-SP) e Carlos Santana (PT-RJ) e os senadores José Agripino (PFL-RN), Hugo Napoleão (PFL-PI) e Antonio Carlos Amorim Júnior.

De acordo com a lei, entidades sem fins lucrativos não podem fazer este tipo de doação.

Segundo Teixeira, as doações foram feitas dentro da lei, já que a CBF foi obrigada por uma Medida Provisória a mudar seu estatuto em 1998, transformando-se em uma entidade com fins lucrativos.

Em sua explanação inicial, Teixeira disse que a CBF perdeu receita por ter aberto mão do percentual de 5% da renda bruta do Campeonato Brasileiro, dos 7,5% dos direitos de televisão e da taxa de 2% sobre as transferências internacionais de 1998 a 2000.

Além disso, a entidade tomou empréstimos no exterior em 1998, no Delta Bank, que chegaram a US$ 45 milhões, com juros de quase 43% ao ano.

Questionado sobre a origem do dinheiro para fazer doações de campanhas, Teixeira disse não ter em mãos os dados para confirmar a informação e que consultaria contas da CBF para responder aos deputados.

"As doações foram feitas em cheques nominais declarados pela CBF, tudo dentro da legalidade", disse o dirigente.

Hosted by www.Geocities.ws

1