SÍNTESE DE HISTÓRIA DO BRASIL-REPÚBLICA |
PROF. ADHEMAR BERNARDES ANTUNES |
TEMA XXII. |
A CRISE DA PRIMEIRA REPÚBLICA - O TENENTISMO |
A REPÚBLICA VELHA OU PRIMEIRA REPÚBLICA NO BRASIL ( DE 1889 ATÉ 1930 )
A CRISE DA PRIMEIRA REPÚBLICA – O TENENTISMO
CARACTERIZAÇÃO
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® Dominou a vida do país nos anos 20, refletindo-se na Revolução de 1930;·
® O Tenentismo foi um movimento de jovens oficiais do Exército cujo grande objetivo era a derrubada da oligarquia política, que representava a corrupção, o clientelismo, a opressão e o domínio da aristocracia rural.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO TENENTISMO
CARACTERÍSTICAS DO PONTO DE VISTA IDEOLÓGICO E DO COMPORTAMENTO
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® Ideal de Salvação Nacional, através do qual acreditavam que eram os tenentes defensores do ideal republicano;·
® Elitismo – acreditavam os tenentes que a revolução e a derrubada da Oligarquia seria tarefa da Elite política, a quem caberia também eleger os governantes;
CARACTERÍSTICAS DO PONTO DE VISTA POLÍTICO E ADMINISTRATIVO
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® Centralização do Estado, visando principalmente a uniformização da legislação processual, do ensino, do sistema tributário e eleitoral. Pregavam o fim da autonomia dos Estados;·
® Moralização – com a instituição do voto secreto e o controle das eleições pelo Poder Judiciário;·
® Representações Estaduais iguais na Câmara dos Deputados, evitando o domínio dos Estados mais populosos, como SP e MG.;·
® Nacionalismo com ataques às influências políticas exercidas pelo capital estrangeiro no país;·
® Reforma do Ensino, que gerava o "bacharelismo", baseado no ensino elitizado e o domínio de famílias nas políticas estaduais e federais;·
® Reforma Administrativa que pretendia a derrubada da oligarquia do "café com leite" para que se pudesse dirigir a administração para os interesses gerais do país,. e não para os interesses de um grupo econômico.
CONCLUSÃO
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Tenentismo envolveu todas essas idéias acima expostas, segundo o pensamento da classe média, de onde eram originários, associadas com o "ideal de salvação nacional" e a utilização de força militar.
MANIFESTAÇÕES TENENTISTAS:
A REVOLTA DO FORTE DE COPACABANA (1922)
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® Ocorreu no Rio de Janeiro;·
® Revoltaram-se tomando a Fortaleza de Copacabana;·
® Objetivo era evitar a posse do novo Presidente Artur Bernardes;·
® Destacaram-se Siqueira Campos, Eduardo Gomes e Newton Prado;·
® Também conhecida como a Revolta dos "18 do Forte";
AS REVOLUÇÕES DE 1924
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® Em São Paulo, Rio Grande do Sul,. Sergipe, Pará, Mato Grosso e Amazonas;·
® As Revoluções de São Paulo e Rio Grande do Sul foram as mais importantes;·
® Em São Paulo, a 5 de julho, tendo como líderes: Juarez Távora, Eduardo Gomes, Isidoro Dias Lopes, João Cabanas, Miguel Costa, Estilac Leal e outros;·
® Com o apoio da Força Pública (PM) lutaram contra as tropas federais pelo controle da capital de São Paulo;·
® Na mesma época, no Rio Grande do Sul, liderada por Luís Carlos Prestes, João Alberto, Siqueira Campos;·
® Os rebeldes foram obrigados a fugir para o interior e os fugitivos dos dois Estados reuniram-se no sul e formaram a Coluna Prestes;
A COLUNA PRESTES (1924-1926)
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® Reuniu os "tenentes" e seus seguidores que escaparam da repressão provocada pelas Revoluções de 1924;·
® Percorreu o interior do país, de 1924 a 1926, partindo de São Luís Gonzaga, no RS, cortando o Brasil no sentido Sul- Norte seguindo até Teresina no Piauí, percorrendo o nordeste em abril de 1926 chegou em Serra Nova (MG). Daí seguiram para a Bolívia chegando em San Matias, em fevereiro de 1927, onde se refugiaram;·
® Pregaram por onde passaram a Revolução, o ideal de Salvação Nacional, a derrubada da oligarquia política corrupta que dominava o país;·
® Não conseguiram criar focos revolucionários;·
® Seu líder foi Luís Carlos Prestes;
APOIO NA REVOLUÇÃO DE 1930
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® A última importante participação dos tenentes foi no apoio à revolução de 1930, prestando todo tipo de colaboração a Getúlio Vargas, quando promoveu, com sua liderança, a revolta, iniciada no Rio Grande do Sul, que provocou a queda das Oligarquias do poder da República. Os principais líderes tenentistas foram aproveitados por Vargas como Interventores nos Estados, após assumir a Presidência da República.