Cada vez
que me lembro
Do amigo Chico Mineiro
Nas viagens que nós fazia
Era ele meu companheiro
Sinto uma tristeza uma vontade de chorar,
Lembrando daquele tempo
Que não mais há de voltar
Apesar de eu ser patrão
Eu tinha no coração
O amigo Chico Mineiro
Caboclo bom e decidido,
Na viola dolorido,
E era o peão dos boiadeiros
Hoje porém, com tristeza,
Recordando das proezas
Das nossas viagens e motins,.
Viajamos mais de dez anos
Vendendo boiada e comprando,
Por este rincão sem fim.
Caboclo que nada temia,
Porém chegou o dia
Que o Chico
Apartou-se de mim.
Fizemos a última viagem foi lá pro sertão de Goiás
Fui eu e o Chico Mineiro também foi o capataz
Viajamos muitos dias pra chegar em Ouro Fino
Aonde nós passamos a noite numa festa do divino.
A festa estava tão boa mas antes não tivesse ido
O Chico foi baleado por um homem desconhecido
Larguei de comprar boiada mataram meu companheiro
Acabou o som da viola acabou-se o Chico Mineiro.
Depois daquela tragédia fiquei mais aborrecido
Não sabia da nossa amizade porque a gente era unido
Quando vi seu documento me cortou o coração
Vim saber que o Chico Mineiro era meu legítimo irmão