Dizem que violeiro goza/ Mas violeiro
é que padece
É violeiro que faz moda/ Dos causos que acontece
Quem escutar os meus versos/ Lágrimas dos olhos descem
Perdemos um grande amigo/ Que o sertão jamais esquece
Muita gente não agüenta/ Coração mole arrebenta
coração duro amolece.Nosso
grande Teddy Vieira/ Que todos queriam bem
Não reside mais na terra/ Foi morar lá no além
O sertão de ponta a ponta/ Chora comigo também
Nos quatro cantos da pátria/ Não quero magoar ninguém
Mas vou usar de franqueza/ Campeando com vela acesa outro
Teddy não tem.
Na música sertaneja/ Teddy foi um
defensor
É duro seguir na luta/ Sentindo tamanha dôr
Ele dava mão a todos/ Violeiros e compositor
Tem muita gente de fama/ Que subiu com seu favor
Um grande amigo do peito/ Nunca teve preconceito nem de
raça nem de côr.
Nas suas veias corria/ Sangue puro
brasileiro
Era sangue de caboclo/ Era sangue de violeiro
Os versos que ele deixou/ Valem mais do que dinheiro
Morre o homem fica a fama/ É um ditado verdadeiro
Embora com muito custo/ Nós vamos erguer um busto desse
grande companheiro.
