Moda da Revolução

Autor: Cornélio Pires / Arlindo Santos

A revolta de São Paulo/ Para mim já não foi bom
Pela notícia que corre/ Os revoltosos tem razão
Eu estou me referindo/ A esta nossa situação
Se os revoltosos ganhar/ Ai eu pulo e rolo no chão

Onde cheguei em São Paulo/ Me cortou meu coração
Vi a bandeira de guerra/ Lá na torre da estação
Encontrava gente morta/ Por meio dos quarteirões
Dava pena e dava dó/ Ai era só da judiação

Na hora que nóis seguimos/ Perseguindo bataião
Saímos por baixo de bala/ Mas sem ter aliviação
Teve gente ali deitado/ Sem alevantar do chão
De bomba lá em São Paulo/ Ai roncava que nem trovão

Izidoro arretirou/ Lá pro centro do sertão
Potiguara acompanhou/ Prá fazer a traição
Izidoro mandou um presente/ Que foi feito por sua mão
Cabaram com Potiguara/ Ai acabou um valentão

Nóis tinha um quarenta e dois/ Que atirava noite e dia
Cada tiro que ele dava/ Era só mineiro que caía
Tinha uma metralhadora/ Escangalhava quanto havia
Os mineiros com os baianos/ Com os paulistas não podia

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