Autor(es): Dino Franco
A luz da noite quando desce sobre o campo Mais parece abrir o manto de estrelas a brilhar O firmamento de azul todo enfeitado É um vestido salpicado de brilhantes ao luar E como é lindo a gente ver o céu aberto O sertão sendo coberto de esplendor que é todo meu Tudo surgindo com requinte de beleza A mostrar que a natureza só podia vir de Deus Aqui em baixo todo campo orvalhado Faz um céu do outro lado em perfeita imitação Os pirilampos com ciúmes das estrelas Vão tentando convencê-las que são estrelas do chão As lindas flores qual noturnas namoradas Vão abrindo perfumadas transbordantes de amor Mas logo adiante quando o sol romper o dia Vão dizer que só queriam se arrumar pro beija-flor Clareando o dia é o sol quem prevalece Desde a hora que amanhece até o novo entardecer As borboletas cores vivas revoando São matizes adornando nossos rios a correr Tudo se passa nesse mundo deslumbrante Dos tesouros verdejantes que tem nome de sertão Onde o caboclo a cada estrela que aparece Canta verso de uma prece que lhe sai do coração Sertão, Sertão berço que me viu nascer Sertão, Sertão, cantarei até morrer |