Jacarandá
Autor(es): José Fortuna

  
No tronco frondoso do jacarandá / Na estrada onde o vento faz nuvem de pó
Divide a distância meu mundo e o dela / Sozinha ela vive e eu vivo tão só
Os nossos dois nomes na hora do adeus / Gravamos no tronco do jacarandá
E desde esse dia não sei onde estou / E aquela que amo não sei onde está
* Meu jacarandá, meu jacarandá / Meu mundo é tão triste do lado de cá
* Será que ela está, será que ela está / Por mim esperando do lado de cá

A doce esperança morreu para nós / No verde das fôlhas do jacarandá
Refúgio nas tardes dos raios de sol / Morada do triste cantor sabiá
Talvez que em seu tronco a casca cresceu / Meu nome e o dela o tempo apagou
Talves que a lua cansada da noite / Desceu do espaço e alí cochilou
* Refrão

Talvez que haja espinhos cobrindo seu tronco / E ninhos de aves por sobre seus nós
Caindo dos galhos eu vejo o passado / Assim balançando em seus longos cipós
Meu jacarandá de raízes profundas / Que busca umidade no peito do chão
Também minha mágoa arranca umidade / Em forma de pranto do meu coração
* Refrão

 
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