Filha do Fazendeiro

Vieira e Vieirinha


  
Meu patrão é homem rico
Mora no alto Pará
Todos domingos e dia santo
Corre a lavoura no seu picasso
O patrão é fazendeiro
Dinheiro carrega aos maços
Mas com isso eu não me assusto
Sua riqueza não embaraço

Arriar o redomão para lhe dar repasso
Pulei em riba do couro
Eu limpei a cara e passei o gargo
A moça saiu na porta
Cheguei a espora no macho
De medo que caísse ela soluçou lá no terraço

Patrão mandou me chamar
Prá ver se caio no laço
Perguntou se era na beleza
Ou na riqueza que eu me caso
Respondi na mesma hora
Com todo desembaraço
Eu só quero é sua filha
Dinheiro eu tenho prá nosso gasto

Na presença do patrão
Na moça dei um abraço
Eu olhei nos olhos dela
Coração perdeu compasso
Rosto coradinho
Cabelo cheio de cacho
Que fez o meu coração
Se arrepiar de cima em baixo.

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