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Artigo: USAID financia ONGs contra o desenvolvimento da Amazônia
Assunto: Amazônia Fonte:  http://www.alerta.inf.br/11_2004/041124a.htm
Remetido por: Hélio Fonseca Rosa Email:  [email protected]
 USAID financia ONGs contra o desenvolvimento da Amazônia


Rio, 24/nov/04 – Como tem ocorrido desde que o ambientalismo internacional elegeu o Brasil como “vilão florestal no. 1” do planeta, mais um estudo pseudo-científico sobre a Amazônia ganha as páginas dos principais jornais do país e do exterior. Desta feita, o trabalho coube à ONG Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) que, após um ano de estudos, declara sem pejo que 47% da Amazônia sofre alguma “ocupação humana”, real ou inferida, um pecado capital segundo os cânones ambientalistas.

Segundo a Folha de São Paulo (21/11/04), que obteve com exclusividade os dados do relatório, trata-se da primeira síntese da dimensão das pressões humanas sobre a floresta, bioma que ocupa área de 4,1 milhões de km2, considerando dados de desmatamento, estradas "piratas" para extração de madeira e ouro, focos de calor e assentamentos para reforma agrária e que promete ser uma pedrada na noção de que a Amazônia vai bem porque apenas 16% de sua área foi desflorestada.

O que salta à vista é a má-fé do estudo em considerar a Amazônia Legal como equivalente à floresta de mesmo nome pois não se pode duvidar que doutos cientistas ignorem que a primeira não passa de um arreglo jurídico concebido para fins de incentivo fiscal à região menos desenvolvida do país que, de fato, abarca quase a metade do território nacional. Reconheça-se que a grife “Amazônia” tem um poder atrativo muito mais forte no imaginário da população mundial que a dos babaçuais maranhenses.

Criado o impacto psicológico, veicula-se a mensagem central desejada, a de que o milhão de quilômetros quadrados das zonas consideradas como prioritárias para a conservação na Amazônia ainda está “livre de ocupação”, mas só “se o governo agir rápido”, segundo declarou à Folha Paulo Barreto, um dos autores do estudo. Um grave problema identificado foi que 73% deste milhão de km2 se localizam em zonas acessíveis ao predador-mor por estradas ou cursos d'água navegáveis, outro pecado capital na litania do ambientalismo. "Se o governo não chegar a essas áreas, os madeireiros vão chegar primeiro", afirma Barreto.

Como seria de se esperar, o estudo se insere na matriz preconizada pelo Establishment anglo-americano, via aparato ambientalista internacional, de obstaculizar o povoamento e a ocupação territorial da Amazônia, seja dificultando sua integração ao restante do País ou esterilizando imensas áreas ao desenvolvimento em nome da conservação ambiental.

De fato, o IMAZON foi criado em 1990 com dinheiro da MacArthur Foundation, da Ford Foundation e do WWF, entidades sobejamente conhecidas como representantes da fina flor do Establishment anglo-americano. Adicionalmente, em seu relatório de progresso sobre uma das milionárias doações da Agência de Desenvolvimento Internacional dos EUA, a USAID, para o “esforço ambiental” na Amazônia (Grant #512-G-00-96-00041-00), o WWF reconhece que os resultados impressionantes alcançados neste quesito entre 1996 e 2004 se deve fundamentalmente às parcerias feitas com ONGs nativas no início dos anos 90, dentre as quais o IMAZON, citado nominalmente. Uma das doações em questão (Agreement #512-0784-G-00-0042-00, setembro de 1990) permitiu que o WWF iniciasse suas atividades na Amazônia segundo as prescrições do Programa de Mudança Climática Global da USAID aplicáveis, evidentemente, a outros países que não os EUA.

Desde início dos anos 90, a USAID tem sido bastante generosa com o WWF, a Conservation International, a The Nature Conservancy e outras ONGs internacionais do circuito amazônico com doações carimbadas variando de 5 a 8 milhões de dólares por ano. O que mais se poderia esperar do IMAZON e assemelhados senão estudos condenando madeireiros, produtores de soja, obras de infra-estrutura e exigindo a aceleração da criação de imensos parques naturais na Amazônia-Cerado?

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Site: Alerta em Rede  http://www.alerta.inf.br/index.htm]
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