Porta Verde Amarelo

Artigo: Confiscando as armas
Assunto: Desarmamento Fonte:  David Gueiros
Remetido por: Hélio Fonseca Rosa Email:  [email protected]
CONFISCANDO AS ARMAS

"Somente os tolos não aprendem com a experiência alheia".
MAO TZÉ TUNG

Resumo: Vendo toda a agitação liderada pela esquerda, para desarmar a população, pergunto: o que haverá por trás disso tudo?
Por que esse movimento não começa exigindo o desarmamento dos bandidos nos morros cariocas, e de todas as capitais do Brasil, onde eles imperam?

A campanha contra as armas de fogo no Brasil, levada a cabo pela esquerda, deixa-me por demais intrigado.

Como historiador, sei que não houve um só regime ditatorial no mundo que não tivesse começado pelo confisco das armas, nas mãos dos cidadãos.
Foi assim na Rússia de 1917, na Alemanha hitlerista, na Itália de Mussolini, na Espanha de Franco, no Portugal de Salazar, na Cuba de Fidel Castro e - para não esquecer o nosso Pindorama - no Brasil da era Vargas.
É bom lembrar que Vargas mandou até fechar os Tiros de Guerra, uma instituição tradicional no Brasil.
Quando um governo quer dominar completamente uma nação, primeiro toma do cidadão o direito e a possibilidade de se defender.

A guerra da independência americana ocorreu, entre vários outros motivos, por ter o governo inglês proibido os colonos na América de possuir armas.
Isso em colônias de fronteira, sofrendo constantes ataques dos índios.
Não é de admirar que, quando foi formulada a Constituição americana, um adendo foi colocado na mesma proibindo o Estado de passar lei contra a liberdade de imprensa, de religião e do direito do cidadão possuir e manter armas.
O artigo II, do Bill of Rights, adendo à Constituição americana, reza: "(Considerando-se que) uma milícia bem organizada é necessária para a segurança de um estado livre, o direito do povo de possuir e manter armas não será violado".

Até agora nenhum governante americano jamais tentou estabelecer uma ditadura, nem mesmo em tempos de guerra.
Uma ditadura naquele país seria confrontada por dezenas de milhões de cidadãos armados.
Quem quer dominar um país, primeiro tem que desarmar o povo.

Trinta anos atrás, fui testemunha dos resultados da política de desarmamento posta em execução em Angola, durante a revolução portuguesa, de 1974.
Tendo declarado Angola livre, foi decidido pela própria revolução portuguesa expulsar seus patrícios da África, para que não interviessem no chamado processo de descolonização.
Assim, foi passada uma resolução proibindo ditos colonos de possuir armas, inclusive armas brancas pontiagudas, até mesmo facas de cozinha.
Em 1975, tive a oportunidade de conferir o resultado dessa política, ao visitar um campo de ex-colonos portugueses, na vizinhança de Lisboa.
Na verdade, era um campo de concentração, onde centenas de "angolanos" portugueses eram guardados a sete chaves, para que não informassem a população sobre o que havia ocorrido na África.
Fui lá com um grupo de membros do Comitê de Apoio aos Retornados de Angola, levando agasalhos e remédios para aqueles refugiados.
Ao chegarmos no campo, fomos muito mal recebidos pelos guardas que controlavam o local.
Esses guardas, assim nos informaram os que ali estavam internados, eram "todos do Partido Comunista".
Em breve, fomos rodeados por homens e mulheres reclamando aos brados do tratamento que ali estavam recebendo.
Perguntei-lhes sobre o que se passara em Angola.
Todos foram unânimes em afirmar que o chefe das forças armadas portuguesas em Angola, o Almirante Rosa Coutinho, os havia desarmado, e os deixara sem nenhuma proteção contra os ataques dos revolucionários do MPLA. Era alegado pelo comandante português ser necessário "acelerar" o processo de descolonização de Angola.
Até as facas de cozinha, pontiagudas, assim me contaram, tinham sido confiscadas, ou tiveram suas pontas quebradas.
"Descolonizar", na definição de Rosa Coutinho, queria dizer a expulsar todos os portugueses do novo país.
Vieram então os valorosos revolucionários do MPLA, e começaram a tomar todas as propriedades dos colonos portugueses, expulsando-os de suas casas com apenas a roupa do corpo.
Na maioria dos casos, esses nobres guerreiros também amarravam os homens ás arvores e estupravam as mulheres. Em um caso específico - como o de uma meninazinha de 12 anos, que lá estava - deixavam-nas todas "rasgadas (sic)", pelo número de homens que as possuíam, e pela violência que usavam contra elas.
Vi ainda o caso de uma velhinha, de 75 anos, naquele campo, que fora violentada por uma dúzia de bravos revolucionários angolanos.
Como resultado desses estupros, ela contraíra todo tipo imaginável de enfermidade venérea.
Em breve, fomos expulsos do campo. O sargento encarregado não nos deixou distribuir as roupas e remédios que levávam! os - havia duas médicas no grupo - e foi-nos dito muito claramente que não mais voltássemos lá.

E que teria isso a ver com o Brasil?
Vendo toda a agitação que ocorre em nossa Pindorama, liderada pela esquerda, para desarmar a população, pergunto: o que haverá por trás disso tudo?
Questiono-me ainda: por que esse movimento não começa exigindo o desarmamento dos bandidos nos morros cariocas, e nas favelas de São Paulo, Belo Horizonte e de todas as capitais do Brasil, onde eles imperam?
Os bandidos hoje debocham do governo, oferecendo mais dinheiro pelas armas que lhes forem entregues, do que o valor ridículo que o governo pretende pagar aos donos das armas que forem submetidas às autoridades voluntariamente.
Evidentemente, a lei contra as armas está direcionada a um grupo específico: os donos de propriedade. Pretende-se tirar deles o direito e a capacidade de defender o que é seu.
O MST e organizações congêneres de sem-terras invadem propriedades, e o governo nada faz, exceto pedir "paciência" aos invasores.
Porém, quando os donos de terra defendem suas propriedades, são chamados de criminosos.

Pergunto: quando será que as residências particulares começarão também a ser invadidas pelos sem-teto, como aconteceu na Rússia, em 1917; no Leste Europeu, depois da Segunda Guerra; em Cuba, em 1960; e em Portugal, em 1974?
Afinal, este é um governo que predica a "solidariedade", e insiste que os cidadãos sejam "solidários" com os pobres. Uma nobre causa, sem dúvida, mas será que essa solidariedade chegará a ponto de se exigir que o cidadão divida sua residência com os favelados, como pessoalmente vi acontecer em Portugal, em 1974?
E se o cidadão recusar dividir sua casa com estranhos, e resistir com armas! na mão?
Torna-se necessário, então, tirar dele toda e qualquer possibilidade de defender seu lar e a sua propriedade.
Sob a desculpa de se conter a violência, simples ocorrências policiais são registradas e incrementadas pela televisão, e mídia em geral, dentro de um programa planejado para inculcar medo à população, para que esta aceite ser desarmada.
Pergunto eu: desarmada para que?
Para que possa ser espoliada de sua propriedade, e deixada à mercê do Estado?
Este parece ser o plano das nossas dignas autoridades, que beberam da mesma fonte daqueles que dominaram a Rússia por 70 anos, o Leste Europeu por quarenta e tantos, e Cuba desde 1960.

P.S. Não possuo armas de fogo de espécie alguma, por opção minha. Mas não acho que essa minha opção deva ser imposta a todos os meus concidadãos, exceto àqueles que são comprovadamente criminosos, ou enfermos mentais.
Voltar
Hosted by www.Geocities.ws

1