A POESIA ETERNA

Por Marco Dias

VASCO MIRANDA

Biografia

 

Poesias Eternas

Os Dois Poemas da Minha Vida

Pelas Ruas Desertas

 

 

 

 

 

   

 

Os Dois Poemas da Minha Vida

 

1.

 

O meu canto é de esperança,

É se esperança sem fim...

O meu canto é de esperança

Que existe dentro e fora de mim.

 

Não vim a este mundo para viver só.

(O silêncio na minha boca, ainda quando o foi, foi um grito que me mordeu).

Eu vivo a dor de todos os que metem dó,

Luto por todo o que caiu na hora em que nasceu.

 

 

2.

 

Eu amo a tudo e a todos.

Por mim e por eles,

Por todos e por nenhum.

Eu amo a vida que nos abraça e funde

Naquele que é fonte donde ela saiu.

E eu amo assim...

Em graça e em sorrisos,

Na carne e no sangue...

Por mim e por eles:

- Por todos!...

Naquele que é em nós, naquele em que nós somos.

Porque a tragédia é esta:

- O soluço que vai da raiz que morreu

à Primavera que canta no rebentar dos pomos.

 

Luz na Sombra

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Pelas Ruas Desertas

 

Pelas ruas desertas que o silêncio amortalhou em treva

Escorre líquido e viscoso um som que vem de trás dos portais

E um cheiro a maresia humana - ó podridão de loucos! -

Agarra-se-me à pele com a força das raízes.

Anda qualquer coisa no ar como um brejo perdido

E no som que vem dos portais à mistura com a conversa das folhas sonâmbulas

Um apelo surdo de alvorada aguarda a sua hora.

 

Alfa e Ómega

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 A Poesia Eterna, por Marco Dias . Todos os direitos reservados.

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