A POESIA ETERNA

Por Marco Dias

EUGÉNIO  DE  CASTRO

Biografia

 

1869-1944

 

Portugal Portugal

Eugénio de Castro nasceu em Coimbra em 1869 e faleceu em 1944.

 

Licenciou-se em Letras na Universidade de Coimbra e após o términus do curso ocupou alguns cargos diplomáticos. No entanto, devido à sua paixão pelo ensino dedicou-se ao professorado, primeiro no ensino particular e posteriormente na Universidade.

 

Em Coimbra, em 1899, fundou a revista Os Insubmissos, foi também co-fundador da revista internacional A Arte e colaborador do jornal O Dia.

Eugénio de Andrade publicou os seus primeiros trabalhos de poesia, em 1884, aos 15 anos de idade, atingindo o momento mais alto da sua obra em 1900 com Constança.

 

 

Obra:


Canções de Abril, 1884
Cristalizações da Morte, 1884
Jesus de Nazaré, 1885
Per Umbran, 1887
Horas Tristes, 1888
Oaristos, 1890
Horas, 1891
Belkiss, 1894
Silva, 1894
Sagramor, 1895
Tirésias, 1895
A Nereide de Harlém, 1896
Salomé e Outros Poemas, 1896
O Rei Galaor, 1897
Saudades do Ceú, 1899
Constança, 1900
Depois da Ceifa, 1901
O Anel de Polícrates, 1907
O Cavaleiro das Mãos Irresistíveis, 1916
As Tentações de São Macário, 1922
Últimos Versos, 1938
 

Sítios:

Biobibliografia
   http://www.ipn.pt/literatura/ecastro.htm

Dados biográficos
   http://www.mundocultural.com.br/literatura/simbolismo/castro.htm

Eugénio de Castro e Oaristos
   http://www.noproblem.matrix.com.br/qg/trabalhos/literatura/simbolismo.htm

Notas biográficas
   http://www.catar.com.br/hg/cultura/literatura/e.html

Oaristos de Eugénio de Castro
   http://www.ipn.pt/literatura/letras/adulad07.htm

Um sonho
   http://www.secrel.com.br/jpoesia/eug.html

 

Poesias Eternas

Pelas Landes, à Noite

Epígrafe

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pelas Landes, à Noite

 

Pelas landes e pelas dunas

Andam os magros como pregos,

Os lobos magros como pregos,

Pelas landes e pelas dunas.

 

Olhos de fósforo esfaimados

Numa pavorosa alcateia,

Andam, andam buscando ceia,

Olhos de fósforo esfaimados.

 

Nas landes grandes, junto às dunas,

Um menino perdido anda,

Anda perdido, a chorar ainda,

Nas landes, junto às brunas dunas.

 

Senhor Deus de Misericórdia,

Protegei o róseo menino,

Protegei o róseo menino,

Senhor Deus de Misericórdia.

 

Porque nas landes e nas dunas

Andam os magros como pregos,

Os lobos magros como pregos,

Nas grandes landes e nas dunas.

topo

 

 

 

 

 

Epígrafe

 

Murmúrio de água na clepsidra gotejante

Lentas gotas de som no relógio da torre,

Fio de areia na ampulheta vigilante,

Leve sombra azulando a pedra do quadrante,

Assim se escoa a hora, assim se vive e morre...

 

 

Homem, que fazes tu? Para quê tanta lida,

Tão doidas ambições, tanto ódio e tanta ameaça?

Procuremos somente a Beleza, que a vida

É um punhado infantil de areia ressequida,

Um som de água ou de bronze e uma sombra que passa...

topo

 

 A Poesia Eterna, por Marco Dias . Todos os direitos reservados.

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