A POESIA ETERNA

Por Marco Dias

NUNO DE SAMPAYO

Biografia

 

Poesias Eternas

“Conheço as Partes Altas...”

“Mesmo em Ti, Branco Rosal...”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Conheço as Partes Altas...”

 

Conheço as partes altas da minha alma

Onde o silêncio chove das horas pálidas,

O meu jardim morre, o Teu jardim começa,

A Tua eternidade flutua como uma bandeira

E as Tuas aves têm espaço para voos sem orlas.

Nesta fronteira as brisas desfolham as florestas

E ouve-se o rumor do grande país longínquo.

 

A Orla e o Tempo, Líricas Portuguesas, 3ª Série, Portugália Editora, p. 412

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“Mesmo em Ti, Branco Rosal...”

 

Mesmo em Ti, Branco Rosal, ainda sou rumoroso:

E não sei se És a tília saudosa da tarde mansa,

A grande Primavera escondida no último nevão

Ou o grito da corça ferida na clareira do bosque.

Sou como o caminhante que vem de muito longe

E de tanto imaginar a amada não a reconhece,

Segue adiante, e depois de conquistar o mundo

Volta ao doce lugar onde encontrou uma fonte.

 

A Orla e o Tempo, Líricas Portuguesas, 3ª Série, Portugália Editora, p. 413

 

 

 

 A Poesia Eterna, por Marco Dias . Todos os direitos reservados.

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