LOPES
MORGADO
Biografia
|
Poesias Eternas
|
Mesmo que a noite
esteja escura
Ou por isso,
Quero acender a minha
estrela.
Mesmo que o mar esteja
morto,
Ou por isso,
Quero enfunar a minha
vela.
Mesmo que a vida
esteja nua,
Ou por isso,
Quero vestir-lhe o meu
poema.
Só porque tu existes,
Vale a pena!
MULHER
MÃE, EDIÇÕES
PAULISTAS
Mãe,
Isto por cá não é
gente:
É sempre em frente!
Isto por cá só há
casas,
E carros e ruas.
Bem, a gente diz que há:
Mas nunca se arranjam
casas,
Os carros desaparecem
E as ruas caem dentro
dos buracos.
Mas, apesar dos
buracos,
Não há chão para um
flor. Nem coração.
As flores morrem
presas na varanda,
Sem amor.
Por isso a gente,
aqui, anda
A correr pelas ruas
Como aí quando vão
para o doutor.
Ó Mãe, venha cá
depressa
Para eu lhe dizer
"Bom dia",
Se não morro de
ansiedade
Pensando que é de
alegria!
MULHER
MÃE, EDIÇÕES
PAULISTAS
Foi A Mulher, A Mãe,
A Companheira,
A Estrela, O Rumo, O
Remo, O Barco - Tudo
Este feixe de rugas e
canseira
Que o tempo vai
queimando, exausto e mudo.
MULHER
MÃE, EDIÇÕES
PAULISTAS
A Poesia Eterna, por Marco Dias . Todos os direitos reservados.