A POESIA ETERNA

Por Marco Dias

LOPES MORGADO

Biografia

 

Poesias Eternas

Carta de Lisboa

À Lareira

Só por Isso

 

 

 

 

 

 

 

 

Só por Isso

 

Mesmo que a noite esteja escura

Ou por isso,

Quero acender a minha estrela.

 

Mesmo que o mar esteja morto,

Ou por isso,

Quero enfunar a minha vela.

 

Mesmo que a vida esteja nua,

Ou por isso,

Quero vestir-lhe o meu poema.

 

Só porque tu existes,

Vale a pena!

 

 

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Carta de Lisboa

 

Mãe,

Isto por cá não é gente:

É sempre em frente!

 

Isto por cá só há casas,

E carros e ruas.

Bem, a gente diz que há:

Mas nunca se arranjam casas,

Os carros desaparecem

E as ruas caem dentro dos buracos.

Mas, apesar dos buracos,

Não há chão para um flor. Nem coração.

As flores morrem presas na varanda,

Sem amor.

Por isso a gente, aqui, anda

A correr pelas ruas

Como aí quando vão para o doutor.

 

Ó Mãe, venha cá depressa

Para eu lhe dizer "Bom dia",

Se não morro de ansiedade

Pensando que é de alegria!

 

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À Lareira

 

Foi A Mulher, A Mãe, A Companheira,

A Estrela, O Rumo, O Remo, O Barco - Tudo

Este feixe de rugas e canseira

Que o tempo vai queimando, exausto e mudo.

 

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 A Poesia Eterna, por Marco Dias . Todos os direitos reservados.

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