LAU
SIQUEIRA
Biografia
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Poesias Eternas
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nasci e vivo
nas fronteiras
nos limites
que me conduzem
ao espanto
e que me revelam
em riso
silêncio
e pranto
na madrugada insone
os objetos afirmam
suas linguagens de silêncio
e desenvolvem
suas prosas mudas
sob a nudez do telhado
imobilizados
movimentam a rodilha
do tempo
e dilaceram os vultos
espectros antigos
que entre eles
se escondem
não existem feridas
que não cicatrizem
mas a marca funda
de um olhar amargo
dói como a dor
de um bicho esmagado
palavra
por palavra
minha úlcera
de verbos
tece aos poucos
a membrana
do silêncio
na órbita
dos teus olhos
eu transgrido
as leis
da gravidade
A Poesia Eterna, por Marco Dias . Todos os direitos reservados.