JOSÉ
AGOSTINHO BAPTISTA
Biografia
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Poesias Eternas
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Era um homem, a sombra
de um homem e
caminhava para o mar.
Estas pegadas
são o obscuro rumor
do tempo
e o tempo é uma vara
oblíqua nas mãos de deus.
Que fará um homem com
as dores do mundo,
com a última gota dos
cálices ao lado da noite?
Reconstruir o teu
rosto da amada
dar vida à sua
silenciosa vida?
Matar,
no súbito ardil do
Outono, os vestígios de uma
palavra secreta?
Há uma cidade
profunda onde em profunda água
ela o esquece.
Quem para o mar
caminha
leva consigo a maldição
das ilhas com um
lírio quebrado,uma ânfora
de pólen,
um adeus.
A Poesia Eterna, por Marco Dias . Todos os direitos reservados.