A POESIA ETERNA

Por Marco Dias

J. G. DE ARAÚJO JORGE

Biografia

 

Poesias Eternas

A Sós

Pressentimento

Seria Mesmo a Vida?

 

 

 

 

 

 

Seria Mesmo A Vida?

 

Agora que nos encontramos,

de repente compreendemos

que estávamos sozinhos...

 

Que importa o que vivemos?

Que importa o que passamos?

Seria mesmo vida, a vida que levamos

por diferentes caminhos?

 

Agora que nos encontramos

que te quero e me queres

com uma força jamais

pressentida...

 

Parece incrível que eu já tenha

falado de amor a outras mulheres

e que antes de mim

pudesse ter havido

algum amor em tua vida!

topo

 

 

 

Pressentimento

 

O fim do nosso amor, pressenti, na agonia

das tuas próprias cartas, rápidas, pequenas...

Se eu tantas, com carinho imenso te escrevia,

tão poucas me chegaram em resposta apenas.

 

Nas cartas que a sofrer, te mandei, as dezenas,

adiava a realidade sempre, dia a dia,

procurando iludir em vão as minhas penas

muito embora eu soubesse o quanto me iludia!

 

Hoje... já não foi mais surpresa pra mim,

dizes, (como quem tem piedade), que é melhor

não continuarmos mais... E tens razão: é o fim...

 

Há muito eu esperava e pressentia no ar...

Chegou... que hei de fazer?... Foi bom... Seria pior

se ele não viesse nunca... e eu ficasse a esperar... 

topo

 

 

 

 

A sós...

 

A sós

como duas gaivotas

na solidão do céu,

em pleno mar,

sonhando no ar...

 

A sós,

lado a lado, sem alarde,

como dois pássaros num alto ramo,

ao cair da tarde...

 

A sós

como duas mãos quando se procuram

e se encontram, 

sem voz...

 

Como eu e tu

quando somos nós

 

a sós...

topo

 

 

 A Poesia Eterna, por Marco Dias . Todos os direitos reservados.

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