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JULIÃO SOARES SOUSA
Biografia
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Poesias Eternas
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CANTOS DO MEU
PAÍS
Canto as mãos que foram escravas
nas galés
corpos acorrentados a chicote
nas américas
Canto cantos tristes
do meu País
cansado de esperar
a chuva que tarde a chegar
Canto a Pátria moribunda
que abandonou a luta
calou seus gritos
mas não domou suas esperanças
Canto as horas amargas
de silêncio profundo
cantos que vêm da raiz
de outro mundo
estes grilhões que ainda detêm
a marcha do meu País
(Um novo amanhecer, 1996)
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A Poesia Eterna, por Marco Dias . Todos os direitos reservados.