A POESIA ETERNA

Por Marco Dias

FREI AGOSTINHO DA CRUZ

Biografia

 

Poesias Eternas

Soneto

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Soneto

 

Era noite de inverno, longa e fria,

cobria-se de neve o verde prado,

o rio se detinha congelado,

mudava a folha a cor; que ter soía,

 

quando nas palhas de uma estrebaria,

entre dois animais brutos lançado,

sem ter outro lugar no povoado,

o Menino Jesus pobre jazia.

 

- Meus filho, meu amor, porque quereis

(dizia sua Mãe) esta aspereza

acrescentar-me as dores, que passais?

 

Aqui nestes meus braços estareis,

que se vos força amor sofrer crueza

o meu não pode agora sofrer mais.

 

SONETOS PORTUGUESES, LELLO & IRMÃOS - EDITORES, 1995, P.20

topo

 A Poesia Eterna, por Marco Dias . Todos os direitos reservados.

1