A POESIA ETERNA

 

Por Marco Dias

 

TERÊNCIO ANAHORY

Biografia

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Poesias Eternas

 

Nha Codê


 

 

 

 

NHA CODÊ


Tiraram o lume dos teus olhos
e fizeram braseiro
para aquecer a noite fria;
noite de qualquer dia.
Roubaram o teu riso
e encheram de gargalhadas
de luz  e de música
as suas reuniões frustradas.
Da tua pele fizeram tambor
para nos ajuntar no terreiro!
Dondê nha Codê?
Não
não mataram o meu filho
que eu sei que o meu filho não morre.

                (Se choro
                são saudades de nha Codê...)
Nha Codê vive
na evocção de um mundo distante
no riso e no choro das ervas rasteiras
na solidão dos campos
nas pândegas de marinheiros
na vida que nasce e morre
em cada dia que passa!
... E em mim
        essa saudade de nha Codê!


                                        (in "Caminho longe", 1962)
 

 


 

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