JORGE
TUFIC
Biografia
|
Poesias Eternas
|
O desenho de uma estrela
quantifica o papel
deslumbra o vazio.
A simplicidade
equaciona o absurdo.
Poetas e girassóis
estão sendo moídos,
E o pó de seus dedos
clareia os moinhos.
Por que se fala tanto
na solidão dos relógios?
Ainda mais solitários
são os búzios, que
guardam
nas aurículas de cálcio
os estigmas da terra
os rumores do caos.
E assumem a contagem
regressiva
do éter e do granito.
Calendário
vida,
ainda se fosse possível
compreender esses códigos
gravados na cripta
dos teus avessos.
Então
as palavras já nasceriam
feitas,
a lã
não teria seus pastores,
nem os pastores
seus montes,
nem as montanhas
suas grutas de rapina,
nem o chão da terra
os rastros da serpente.
Nem os maus seriam
chamados
para mudar o caminho
da história;
nem os bons haveria
porque a bondade
e o martírio
jamais se banham nem se
repetem
nas águas do mesmo rio.
A Poesia Eterna, por Marco Dias . Todos os direitos reservados.