A POESIA ETERNA

Por Marco Dias

ARLINDO BARBEITOS

Biografia

AngolaANGOLA

Arlindo Barbeitos nasceu em 1940, em Catete, Angola. Em 1961 aquando da sua incorporação no Exército exilou-se em França, tendo nesta altura aderido ao MPLA.

 

Arlindo Barbeitos frequentou o liceu em Angola e em Portugal, estudou antropologia e sociologia na Universidade de Frankfurt e é doutorado em Etnologia. Em 1973 passou a desempenhar as funções de assistente auxiliar do Instituto de Etnologia da Universidade Livre de Frankfurt.

 

Quando regressou a Angola, em 1975, iniciou funções no Instituto de Investigação Científica de Angola. A sua obra poética tem sido publicada em diversas revistas na Alemanha, em Angola e em Portugal.

Obra:


Angola, Angolê, Angolema, 1976
Nzoji Sonho, 1979
O Rio, 1985
Fiapos de Sonho, 1992
 

Sítios:

Alguns poemas
   
http://www.secrel.com.br/jpoesia/abarbeitos.html

Alguns poemas de Arlindo Barbeitos
   
http://www.terravista.pt/Guincho/2482/barbeitos.html

Arlindo Barbeitos – O Senhor Feijó
   
http://www.ciberduvidas.com/antologia/barbeitos.html

Biografia
   
http://www.editorial-caminho.pt/ed_poesia/a_000102.html

Biografia e alguns poemas
   
http://www.textosecontextos.pro.br/autores/barbeitos.html

Vida e obra
   
http://sites.uol.com.br/betogomes/ArlindoBarbeitos.htm

 

Poesias Eternas

em mão frágil de amarelo...

saudade...

 

 

 

 

 

 

 

em mão frágil de amarelo

se quebra o galho de gajajeira

pela tardinha vermelha em flor

sussurrar de vento

não é voz de capim crescendo

é murmúrio impaciente

de gentes

no azul de parte alguma

em mão frágil de amarelo

se quebra o galho da gajajeira

pela tardinha vermelha em flor

 

 

(Angola, angolê, angolêma)

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saudade

é o tempo de pacassas pardas

e macacos sem rabo servindo de administradores

quando o calor ia derretendo o céu

e a chuva se vendia na farmácia

do comerciante de cabelos de fio

saudade

é o tempo de patos bravos

e macacos sem rabo servindo de padres

 

quando o medo ia gelando a terra

e o pranto se dava de beber aos porcos

do comerciante de cabelos de fio

 

(Angola, Angolê, Angolêma)

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 A Poesia Eterna, por Marco Dias . Todos os direitos reservados.

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