ALBERTO
OSÓRIO DE CASTRO
Biografia |
Poesias Eternas |
Ó pobre como te
abrigas
Com rios de lés a lés!
Ai casitas das
formigas
Nas chuvas do quinto mês.
É uma nevada
De flores... Não, lá
vem ver-me
A minha amada!
Quisera dar-te um
colar
Enfiando todas as lágrimas
Que me tens feito
chorar.
Ao vir do outono,
Ao vir da tarde,
Minha alma chora.
Sentem-se as folhas
Cair lá fora.
Uma maneira há
somente
De neste mundo viver
Que possa satisfazer:
É viver-se
tristemente.
É o outono. A avesita
Que voa só, além,
No céu tão carregado
Olha-a triste também.
À luz vermelha da
tarde
O repuxo é brasas,
arde.
Lábios de amante,
Flor rubra e fria.
Um pavão branco
A manhã de invernia
Riso da sua boca, vai
voando,
Vai-te poisar no
cerejal em flor.
Vem, aroma vermelho,
fino e branco,
Vem perfumar meu coração
de amor
in
"O Sinal da Sombra"
A Poesia Eterna, por Marco Dias . Todos os direitos reservados.