A POESIA ETERNA

Por Marco Dias

ALBERTO DE LACERDA

Biografia

    

Poesias Eternas

 Hino ao Tejo

Ilha de Moçambique

 

 

 

 

 

 

 

 

Hino ao Tejo

 

Ó Tejo das asas largas

Pássaro lindo que se ouve em todas as ruas de Lisboa

Ó coroa duma cidade maravilhosa

Ó manto célebre nas cortes do mundo inteiro

Faixa antiga duma cidade mourisca

Fênix astro caravela liquida

Silêncio marulhante das coisas que vão acontecer

Deslizar sem desastres sem fado sem presságio

Tu ó majestoso ó Rei ó simplicidade das coisas belíssimas

Nas tardes em que o sol te queima passo junto de ti

E chamo-te numa voz sem palavras marejada de lágrimas

Meu irmão mais velho

 

 

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Ilha de Moçambique

 

Desfeitos um por um os nós sombrios,

Anulada a distancia entre o desejo

E o sonho coincidente como um beijo,

Exalei mapas que exalaram rios.

 

 

 

Terra secreta, continentes frios,

Ardei à luz dum sol que é rumorejo

Para lá do que eu sou, do que eu invejo

Aos elementos, aos altos navios!

 

 

 

Trouxe de longe o palácio sepulto,

A cobra semimorta, a bandarilha,

E esqueci poços, prossegui oculto.

 

 

 

Desdém que envolve por completo a quilha,

Sou bem o rei saudoso do seu vulto,

Vulto que existe infante numa ilha.

topo

 

 

 

 

 

 A Poesia Eterna, por Marco Dias . Todos os direitos reservados.

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