Família Solanaceae

As espécies da família Solanaceae são geralmente arbustivas ou herbáceas, com folhas alternas e flores regulares. Espécies do gênero Datura e a Atropa belladonna apresentam os alcalóides atropina e escopolamina. Ambos são ésteres orgânicos formados pela combinação de um ácido aromático, o ácido trópico, e das bases complexas tropina e escopina (Gilman et al., 1980).
Esses alcalóides têm atividades estimulantes e alucinógenas, o que atrai o interesse de jovens adultos para o uso dessas espécies na preparação de chás entorpecentes. A toxicidade provém da ação anticolinérgica dos alcalóides. Estes inibem a ação da acetilcolina em efetores autônomos e na musculatura lisa, causando vários sintomas, tais como, depressão das secreções salivares, brônquicas e sudoríparas, dilatação da pupila e bloqueio dos efeitos vagais sobre o coração, levando a um aumento da freqüência cardíaca.
Em Ribeirão Preto ocorreram dez casos com plantas que causaram os sintomas acima. Segundo relatos dos acompanhantes ou dos próprios pacientes, estes tomaram “chá-de-lírio” ou “chá-de-beladona”, muitas vezes misturados ao álcool e/ou à cocaína. Em uma primeira análise, pensou-se que este chá era preparado com a espécie Atropa belladonna L. Porém, esta espécie não é comum no Brasil. Voltando a conversar com alguns pacientes, averiguou-se que, na verdade, esta bebida alucinógena é preparada com folhas de Datura suaveolens H. et B. ex Willd. Esta planta é comumente cultivada nos jardins e nas praças com finalidades ornamentais, e a população costuma denominá-la beladona.

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Referências Bibliográficas

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