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Coroa-imperial

Nome Científico: Haemanthus katharinae Baker

Nomes populares: coroa-imperial, diadema-real

Sinonímia botânica: Scadoxus multiflorus (Martyn) Raf.

Família Botânica: Amaryllidaceae

Haemanthus katharinae (=Scadoxus multiflorus)

Planta de bulbo grande, tunicado, emitindo de quatro a cinco folhas curto-pecioladas (pecíolo com máculas). Folhas compridas, oblongas, obtusas, membranosas, pedúnculo floral vigoroso e compacto. Flores de perianto e estames com filetes vermelho-escuros, dispostas em umbelas compactas. Fruto cápsula globosa.

A H. katharinae parece ter sido introduzida da África pelos escravos para ser usada como condimento (Hoene, 1978). Atualmente é cultivada como planta ornamental, principalmente nos jardins.

Não existem relatos na literatura de intoxicações causadas por esta espécie. No entanto, sabe-se que muitos gêneros de Amaryllidaceae são tóxicos. As espécies Narcissus pseudonarcissus e Narcissus jonquila são as mais relatadas na literatura devido à alta toxicidade de seus bulbos. A ingestão destes leva ao desenvolvimento de intensos distúrbios gastrintestinais e à estimulação do sistema nervoso central, podendo causar a morte (Ellenhorn & Barceloux, 1988). No Brasil, o gênero Hippeastrum, cujas espécies são popularmente conhecidas como açucenas, é responsável por envenenamentos que levam a fortes diarréias.

Os bulbos das amarilidáceas, em geral, contêm altas concentrações do alcalóide licorina e quantidades um pouco menores de um segundo alcalóide, a galantamina. Traços destes dois alcalóides também são encontrados nas folhas e nas flores destes vegetais (Ellenhorn & Barceloux, 1988). A licorina causa vômitos, diarréia, colapso geral e morte devido à paralisia do sistema nervoso central (Vickery & Vickery, 1981), enquanto a galantamina é um potente inibidor da acetilcolinesterase, e tem sido utilizada na doença de Alzheimer (Ellenhorn & Barceloux, 1988).

Não foram encontradas na literatura análises do conteúdo químico de H. katharinae e, embora não se possa extrapolar com cem por cento de certeza que a licorina e a galantamina estejam presentes nesta espécie, é de se esperar que a ação tóxica da mesma seja, a exemplo dos gêneros Narcissus e Hippeastrum, causada por esses alcalóides.

O paciente atendido no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto ingeriu partes de folhas da planta e apresentou sintomas gastrintestinais leves; o tratamento foi apenas sintomático.

Referências Bibliográficas Página Principal Lista de Plantas Tóxicas

Rejane Barbosa de Oliveira
site: http://br.geocities.com/plantastoxicas

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