Quando e Porqu� Eu Comecei a Escrever....



"A finalidade: Evolu��o
O tempo: Agora
A arena:a vida di�ria
O m�todo: A��o
Come�a na terra. Come�a onde voc� est�
Trabalha a todos os n�veis."
S� � bom o que melhora o ser humano: Deus!
(P.Pettine)

só é bom o que melhora o ser humano!...

N�o foi no col�gio que finalmente comecei a escrever, mas sim num pequeno quarto, dentro de um apartamento na Bela Vista.
Recordo-me claramente daquela noite, pois n�o previa o que ia acontecer. O �mpeto viera do nada (essa foi minha primeira impress�o). Apenas um impulso s�bito e premente para escrever, p�r palavras no papel sem a interven��o de outros. Era uma corrente maravilhosa flu�da.
O apartamento estava calmo, em sil�ncio, e minha m�o come�ava a rabiscar palavras. Eu escrevia incessantemente. Fiquei l�, s�, apenas consciente do barulho de alguns carros que circulavam na rua, at� a luz da manh� come�ar a surgir.
Por in�cio, o que me impeliu a come�ar, foi a minha solid�o. Uma solid�o do passado revestida. Revestida em meu pr�prio corpo fr�gil, em minha perene autopercep��o de ser nova demais, chata demais, nunca em sintonia com o mundo ao meu redor: meus pais, colegas de escola e amigos. Por anos eu fora uma dissidente e uma l�der, �marginal� e membro de um grupo de rela��es. Minha exist�ncia sempre se colocava a direita de minha auto-imagem, produzindo um modo de vida solit�rio e alienado.
Quando fui dando in�cio ao processo de ruptura, a minha motiva��o era a de dizer: �Olhem para mim! Tenho algo em comum com voc�s! Tenho sentimentos que certamente dever�o conhecer!�
Qual a raz�o de escolhermos permanecer sendo criaturas indiferenciadas na fus�o, evitando o processo de autodefini��o? Quantos de n�s figuram na indeterminada estat�stica do enorme reservat�rio de talentos adormecidos e enterrados sob a superf�cie das condi��es das pessoas?
Eu me mantinha firme e inabal�vel em minhas decis�es, mas perturbada no entanto, por uma apreens�o vaga, por d�vidas e perigos incertos, e se eu pudesse prever a tempestade, a grande chuva de surpresas que em breve iria cair sobre mim, teria motivos suficientes para outras agita��es.
Por outro lado, uma pessoa como eu, amante dos livros, afeita aos questionamentos da mente, n�o poderia deixar de aproveitar algumas boas horas, at� mesmo no meio de tantos des�nimos.
Desde ent�o, at� o momento em que tracei as primeiras linhas, tenho tido em mente que todas as coisas boas concebidas por um c�rebro humano, devem aproveitar a toda humanidade.
Ouvindo hist�rias e mexendo aqui e ali, foi que nasceu a inova��o. O est�mulo foi tamanho, que o m�nimo que comecei a sentir por mim, foi adora��o. Passei a viver mais aquilo que estava dentro de mim, que aquilo que estava a minha volta. Por isso, muitas vezes fui pega calada, admirando a interioridade de cada um.
De certo modo, era eu mesma quem afastava as pessoas, e de repente, sem grandes sacrif�cios, j� me via rodeada e repleta de respostas concretas.
Ap�s um tempo, comecei a pensar em como expandir tanta motiva��o e paz de esp�rito, e resolvi come�ar um livro. Um rascunho no in�cio. Nesse processo li muito e descobri tamb�m outras ess�ncias para minha f�rmula. Entre essas ess�ncias descobri que a maioria dos intelectuais s�bios, s�o compostos daqueles que quase ningu�m leu. Os outros, em sua maioria, ainda tentam chegar l�...fazendo humorismo sarc�stico...
O mal � que estamos quase todos carregados de d�vidas e perguntas, e s�o raros os que sabem as respostas.
Uma das maneiras de se conseguir as respostas certas, � saber formular as perguntas certas, mas isso, infelizmente, tamb�m s�o poucos os que sabem.
Despertando para o lado espl�ndido de todas as coisas, foi que h� alguns anos comecei a obter algumas respostas. N�o h� como se obter todas, pois as perguntas s�o infinitas.
Apesar de tudo o que certas pessoas pudessem dizer ao meu favor, eu compreendi facilmente que meus talentos para escrever cartas de amor, seriam junto a esses pobres met�dicos, t�o pouco recomend�veis quanto meus versos ilus�rios.
Gra�as a minha dedica��o, tenho certeza de que esses relatos n�o ser�o simplesmente interessantes, mas tamb�m e em grande parte, �teis e instrutivos. � com essa esperan�a que os redigi por escrito. E essa ser� a minha desculpa por ter rompido esta delicada barreira que impede que a maioria de n�s, fa�a uma exibi��o p�blica de seus pr�prios erros.
Enfim, chegou a manh� em que eu deveria lan�ar-me para o mundo; manh� que imprimiu em grande parte, a toda a minha vida subseq�ente, seu colorido; que at� ent�o, tinha sido obscura.



Pettine



S� � bom o que melhora o ser humano!!!

b a c k g r o u n d c o l o r



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