***S� � Bom O Que Melhora O Ser Humano!***

"A vida � feita do sacrif�cio do individual para o todo.
Cada c�lula no organismo vivo deve sacrificar-se
para a perfei��o do todo.
Quando ocorre de outro modo,
doen�as e morte for�am a li��o."

(Helena Blavatsky)

só é bom o que melhora o ser humano!...

Helena Petrovina Blavatsky




Foi uma das figuras mais not�veis do mundo, abalou e desafiou de tal modo as correntes ortodoxas da Religi�o, da Ci�ncia, da Filosofia e da Psicologia, que � imposs�vel ficar ignorada. Foi uma verdadeira iconoclasta ao rasgar .e fazer em peda�os os v�us que encobriam a Realidade. Mas, porque estivesse a maioria presa �s exterioridades convencionais, tornou-se o alvo de ataques e inj�rias, pela coragem e ousadia de trazer � luz do dia aquilo que era blasf�mia revelar. Lenta mas seguramente, os anos se encarregaram de fazer-lhe justi�a. Apesar das invectivas, considerava-se feliz por trabalhar "a servi�o da humanidade", e deu provas de sabedoria ao deixar que as futuras gera��es julgassem a sua magn�fica obra1.
Helena Petrovna Hahn nasceu prematuramente � meia-noite de 30 para 31 de julho (12 de agosto pelo calend�rio russo) de 1831, em Ekaterinoslav, na prov�ncia do mesmo nome, ao sul da R�ssia. T�o estranhos foram os incidentes ocorridos na hora do seu nascimento e por ocasi�o do seu batismo, que os servi�ais da fam�lia lhe predisseram uma exist�ncia cheia de tribula��es.
Helena foi uma crian�a voluntariosa, oriunda de uma linhagem tradicional de homens e mulheres influentes e poderosos. A hist�ria dos seus antepassados � a hist�ria mesma da R�ssia. S�culos atr�s, os n�mades eslavos erravam atrav�s da Europa central e oriental. Tinham formas de governo pr�prias; mas, quando se estabeleceram em Novgorod, fracionaram-se em feudos, que se desavieram entre si, n�o sendo poss�vel chegarem a uma concilia��o, Chamaram em seu aux�lio Rurik (862 A.D.), chefe de uma das tribos errantes de "Russ", homens do Norte ou escandinavos, que andavam � cata de mercado e procurando estender o seu dom�nio. Rurik veio e organizou em Novgorod o primeiro governo civil, que se constituiu em um centro opulento de com�rcio com o Oriente e o Ocidente. Foi ele o primeiro soberano e reinou pelo espa�o de quinze anos. Durante sua vida, o filho Igor e o sobrinho Oleg consolidaram-lhe o dom�nio no Oeste e no Sul. Kiev tornou-se um grande Principado, e aquele que o governava era virtualmente o soberano da R�ssia. Ao longo dos s�culos, os descendentes de Rurik ampliaram as suas conquistas e a sua autoridade sobre todo o pa�s. Vladimir 1 (m. 1015) escolheu o Cristianismo como religi�o do seu povo, e o chamado "paganismo" desapareceu. Yaroslav o S�bio (m. 1034) elaborou C�digos e os "Direitos Russos". O sexto filho de Viadimir 11 (1113-24) foi Yuri, o ambicioso ou "dolgotouki". Este apelido persistiu como t�tulo de fam�lia. Yuri fundou Moscou, e sua dinastia deu origem aos poderosos Gr�o-Duques, cujos governos se caracterizaram por lutas violentas entre eles pr�prios. As hordas mong6is, em 1224, tiraram partido das diverg�ncias e sujeitaram os grupos turbulentos que se rivalizavam em sede de poder e posi��o. Mas Ivan III, um Dolgorouki, libertou-se em 1480 do jugo mongol; e Ivan IV exigiu ser coroado Czar, arrogando-se a autoridade suprema. Com a morte de seu filho terminou a longa e brilhante dinastia dos Dolgorouki. Mas a fam�lia ainda exercia influ�ncia nos dias dos Romanoff, at� a morte da av� da Senhora Blavatsky, a talentosa e culta Princesa Elena Dolgotouki, que se casou com Andr� Mikaelovitch Fadeef, o "mais velho" da linhagem Dolgorouki, da qual os Czares R�manoff eram considerados um dos ramos "mais novos".
V�-se, pois, que a fam�lia de Helena pertencia � classe superior, na R�ssia, com tradi��o e dignidade a preservar, sendo conhecida em toda a Europa. Helena era uma rebelde, e desde a inf�ncia sempre manifestou desprezo pelas conven��es, o que n�o a impedia de compreender que as suas a��es n�o deviam molestar a fam�lia, nem lhe ferir a honra. Seu pai, o Capit�o Peter Hahn, descendia de velha estirpe dos Cruzados de Mecklemburg, os Rottenstern Hahn. Em virtude de, aos onze anos de idade, haver perdido a m�e, mulher inteligente e devotada � literatura, Helena passou a adolesc�ncia em companhia de seus av�s, os Fadeef, em um antigo e vasto solar de Saratov, que abrigava, muitos membros da fam�lia e grande n�mero de criados e servidores, por ser o seu av� Fadeef governador da prov�ncia de Saratov.
A natureza de Helena estava fortemente impregnada de uma inata capacidade ps�quica, de tal modo que constitu�a sua caracter�stica predominante. Ela se dizia (e o demonstrava) dotada da faculdade de comunicar-se com os habitantes de outras esferas . ou -mundos invis�veis e sutis, e com os entes humanos que consideramos "mortos". Essa potencialidade natural foi posteriormente disciplinada e desenvolvida. Sua educa��o recebeu a influ�ncia da posi��o social da fam�lia e dos fatores culturais ent�o imperantes. Assim, ela era h�bil poliglota e tinha excelentes conhecimentos musicais; de sua erudita av� herdou o senso cient�fico e a experi�ncia; e partilhava dos pendores liter�rios que pareciam correr nas veias da fam�lia.
Em 1848, com a idade de 17 anos, Helena contraiu matrim�nio com o General Nicephoro V. Blavatsky, governador da prov�ncia de Erivan, que era um homem j� entrado em anos. Existem muitas vers�es sobre a raz�o desse casamento; que n�o foi do seu agrado, ela o demonstrou desde o primeiro momento. Ap�s tr�s meses, abandonou o marido e fugiu para a casa da fam�lia, que a encaminhou ao pai ' Receando ser obrigada a voltar para o General Blavatsky, tornou a fugir, no caminho; e durante v�rios anos correu o mundo em viagens -cheias de aventuras. O pai conseguiu comunicar-se com ela e fez-lhe remessa de dinheiro. Ao que parece, manteve-se ela ausente da R�ssia o tempo suficiente para poder legalizar a sua separa��o do marido. Em 1851 Helena, agora Senhora Blavatsky ou H. P. B., teve o seu primeiro encontro f�sico com o Mestre, o Irm�o Mais Velho ou Adepto, que fora sempre o seu protetor e a havia preservado de s�rios perigos em suas irrequietas travessuras da inf�ncia. A partir desse momento, passou ela a ser a sua fiel disc�pula' obedecendo-lhe inteiramente � influ�ncia e diretiva. Sob a orienta��o do Mestre, aprendeu a controlar e dirigir as for�as a que estava submetida em raz�o de sua natureza excepcional. Essa orienta��o conduziu-a atrav�s de v�rias e extraordin�rias experi�ncias nos dom�nios da "magia" e do ocultismo. Aprendeu a receber mensagens'dos Mestres e a transmiti-Ias aos seus destinat�rios, e a enfrentar valentemente todos os riscos e incompreens�es no seu caminho. Seguir o rastro de suas peregrina��es durante o per�odo desse aprendizado � v�-Ia em constante atividade pelo mundo inteiro. Parte do tempo ela o passou nas regi�es do Himalaia, estudando em mosteiros onde se conservam os ensinamentos de alguns dos Mestres mais esclarecidos e espirituais d� passado. Estudou a Vida e as Leis dos mundos ocultos, assim corno as regras que devem ser cumpridas para o acesso a eles. Como testemunho desse est�gio de sua educa��o esot�rica, deixou-nos uma primorosa vers�o de axiomas espirituais em seu livro Tbe Voice of Sitence (A Voz do Sil�ncio).
Em 1873, H. P. Blavatsky viajou para os Estados Unidos da Am�rica, a fim de trabalhar na miss�o para a qual fora preparada. A algu�m de menos coragem a tarefa havia de parecer imposs�vel. Mas ela, uma russa desconhecida, irrompeu no movimento espiritualista, que ent�o empolgava t�o pro fundamente a Am�rica e, em menor escala, muitos outros pa�ses. Os esp�ritos cient�ficos ansiavam por descobrir o significado dos estranhos fen�menos, e se defrontavam com dificuldades para abrir caminho em meio �s numerosas fraudes e mistifica��es. De duas maneiras tentou H. P. B. explic�-los: 1." pela demonstra��o pr�tica de seus pr�prios poderes; 2.' afirmando que havia uma ci�ncia antiq��ssima das mais profundas leis da vida, estudada e preservada por aqueles que podiam us�-la com seguran�a e no sentido do bem, seres que em suas mais altas categorias recebiam a denomina��o de "Mestres", embora outros t�tulos tamb�m lhes fossem conferidos, como os de Adeptos, Chohans, Irm�os Mais Velhos, Hierarquia Oculta, etc.
Para ilustrar suas afirma��es, H. P. B. escreveu Isis Unveiled (Isis sem V�u), em 1877, e The Secret Doctrine (A Doutrina Secreta), em 1888, obras ambas "ditadas" a ela pelos Mestres. Em Isis sem V�u lan�ou o peso da evid�ncia colhida em todas as Escrituras do mundo e em outros anais contra a ortodoxia religiosa, o materialismo cient�fico e a f� cega, o ceticismo e a ignor�ncia. Foi recebida com agravos e inj�rias, mas n�o deixou de impressionar e esclarecer o pensamento mundial.
Quando H. P. B. foi "enviada" aos Estados Unidos, um de seus objetivos mais importantes consistiu em fundar uma associa��o, que foi formada sob a denomina��o de THE THEOSOPHICAL SOCIFTY (Sociedade Teos�fica), "para pesquisas e difundir o conhecimento das leis que governam o Universo"2. A Sociedade apelou para a "fraternal coopera��o de todos os que pudessem compreender o seu campo de a��o e simpatizassem com os objetivos que ditaram a sua organiza��o"3. Essa "fraterna coopera��o" tornou-se a primeira das Tr�s Metas do trabalho da Sociedade, as quais foram durante muitos anos enunciadas nestes termos:
Formar um n�cleo de Fraternidade Universal na Humanidade, sem distin��o de ra�a, credo, sexo, casta ou cor.
Fomentar o estudo comparativo das Religi�es, Filosofias e Ci�ncias.
Investigar as leis inexplic�veis da Natureza e os poderes latentes do homem.
Foi recomendado � Senhora Blavatsky que persuadisse o Coronel Henry Steel Olcott a cooperar com ela na forma��o da Sociedade. Era um homem altamente conceituado e muito conhecido na vida p�blica da Am�rica, e tanto ele como H. P. B. tudo sacrificaram em prol da realiza��o da tarefa que os Mestres lhes haviam confiado.
Ambos foram para a �ndia em 1879, e ali constru�ram os primeiros e s�lidos alicerces do seu trabalho. A Sociedade expandiu-se rapidamente de pa�s em pa�s; sua afirma��o de servi�o pr�-humanidade, a amplitude de seu programa, a clareza e a l�gica de sua filosofia e a inspira��o de sua orienta��o espiritual ecoaram de modo convincente em muitos homens e mulheres que lhe deram o mais firme apoio. H. P. B. foi investida pelos Mestres com a responsabilidade de apresentar ao mundo a Doutrina Secreta ou Teosofia: ela era a instrutora por excel�ncia; ao Coronel Olcott foi delegada a incumb�ncia de organizar a Sociedade, o que ele fez com not�vel efici�ncia. Como era natural, esses dois pioneiros encontraram a oposi��o e a incompreens�o de muita gente; especialmente H. P. B. Mas ela estava preparada para o sacrif�cio. Como escreveu no Pref�cio de A DOUTRINA SECRETA: "Est� acostumada �s inj�rias, e em contato di�rio com a cal�nia; e encara a maledic�ncia com um sorriso de silencioso desd�m."
A fase mais brilhante e produtiva de H. P. B. foi talvez a que se passou na Inglaterra entre os anos de 1887 e 1891. Os efeitos do injusto Relat�rio da "Sociedade de Investiga��es Ps�quicas" (1885) acerca dos fen�menos que ela produzia, assim como os dos ataques desfechados pelos mission�rios crist�os da �ndia, j� haviam em parte desaparecido. Ao seu incessante labor de escrever, editar e atender � correspond�ncia, somava-se a tarefa de formar e instruir disc�pulos capazes de dar prosseguimento � sua obra. Para este fim, organizou, com a aprova��o oficial do Presidente (Coronel Olcott), a Se��o Esot�rica da Sociedade Teos6fica. Em 1890 contava-se em mais de um milhar o n�mero de membros que se achavam sob a sua dire��o em muitos pa�ses.
A DOUTRINA SECRETA se define por seu pr�prio t�tulo. Exp�e "n�o a Doutrina Secreta em sua totalidade, mas um n�mero selecionado de fragmentos dos seus princ�pios fundamentais".
1) Mostra: que � poss�vel obter uma percep��o das verdades universais, mediante o estudo comparativo da Cosmogonia dos antigos;
2) proporciona o fio que conduz � decifra��o da verdadeira hist�ria das ra�as humanas;
3) levanta o v�u da alegoria e do simbolismo para revelar a beleza da Verdade;
4) apresenta ao intelecto �vido, � intui��o e � percep��o espiritual os "segredos" cient�ficos do Universo, para sua compreens�o. Segredos que continuar�o como tais enquanto n�o forem entendidos.
H. P. B. faleceu a 8 de maio de 1891, deixando � posteridade o grande legado de alguns pensamentos dos mais sublimes que o mundo j� conheceu. Ela abriu as portas, h� tanto tempo cerradas, dos Mist�rios; revelou, uma vez mais, a verdade sobre o Homem e a Natureza; deu testemunho da presen�a, na Terra, da Hierarquia Oculta que vela e guia o mundo. Ela � reverenciada por muitos milhares de pessoas, porque foi e � um farol que ilumina o caminho para as alturas a que todos devem ascender.
Por Josephine Ransom Adyar, 1938 (Fonte do site oficial de H.B.)


Notas:
(1) Veja-se o Pref�cio de H. P. B. � edi��o de 1888.
(2) Cap�tulo XI dos Estatutos primitivos.
(3) Pre�mbulo original.



A Voz do Sil�ncio

A Doutrina Secreta


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